Como se previa, Lionel Messi não se reapresentou ao Barcelona nesta segunda-feira para o primeiro treino do novo técnico Ronald Koeman. Após não comparecer aos testes de coronavírus realizados pelo clube catalão no domingo, o craque argentino deixa mais do que claro seu desejo de deixar o Camp Nou.
Lionel Messi quer sair de forma unilateral, sem o pagamento da multa rescisória de 700 milhões de euros (R$ 4,5 bilhões), conforme explicitou num burofax enviado ao Barcelona na última terça-feira. Nesse documento, ele se apega a uma cláusula na qual teria até 10 dias depois do fim da temporada para deixar o time catalão.
No caso, como a temporada acabou somente no dia 23 de agosto (final da Champions) por causa da pandemia do coronavírus, Messi se vê no direito de deixar o clube. O Barça não entende dessa maneira. Alega que este artigo do contrato já venceu, se baseando no fim da temporada pelo calendário oficial (31 de maio).
A La Liga, que administra o Campeonato Espanhol, emitiu um comunicado ratificando esse pensamento do Barcelona, dizendo que só dará o certificado de transferência para o craque caso ele pague a multa.
Segundo o jornal “Sport”, o Barcelona estuda como acionar juridicamente Lionel Messi pelas faltas de domingo e segunda-feira. No entanto, o presidente Josep Maria Bartomeu deseja ter uma conversa com Jorge Messi, pai e agente do jogador, antes de tomar qualquer atitude.
Novela deve parar nos tribunais
Segundo vários veículos de imprensa, o desejo de Messi é se transferir para o Manchester City. O time de Pep Guardiola, inclusive, já teria um contrato pronto na mesa. Segundo o jornal “Olé”, a ideia seria pagar ao craque cerca de 100 milhões de euros anuais (R$ 642 milhões) por um contrato de cinco anos , dos quais três seriam cumpridos na Inglaterra, e outros dois no New York City, filial do clube nos EUA.
Mas, para essa proposta ocorrer, Messi teria que sair sem custos do Barcelona. E como dificilmente conseguirá se desvencilhar do Barcelona de forma amigável, o argentino se apoia em alguns pontos para a batalha jurídica que paira no horizonte:
- Considera que a cláusula de liberação ainda estava em vigor no momento do envio do burofax (25 de agosto);
- Ele não se considera mais um jogador do Barça e nem pensa que deve pagar a cláusula de compra de 700 milhões de euros (e, por isso, aconselhado pelos advogados, não compareceu à reapresentação do clube para temporada 2020/2021);
- Ele continua pedindo uma reunião do Barça para concordar com sua saída de forma amigável;
- Caso não consiga a liberação do Barcelona, Messi e seus advogados vão pedir a transferência provisória para a FIFA para assinar por outro clube enquanto o caso seja resolvido nos tribunais, uma vez que o Barcelona iria para a Justiça do Trabalho denunciando a violação de contrato e exigindo indenização.
Fonte: GE