Em sua trajetória profissional, o magnata Donald Trump foi alvo de pelo menos uma dúzia de processos de mulheres que o acusaram de má conduta sexual. As denúncias não representaram obstáculo para a sua eleição à presidência dos EUA. Agora, na árdua batalha para renovar o mandato, ele manobra para se safar de mais um processo, usando a máquina do Estado a seu favor.

O Departamento de Justiça se prepara para intervir e defender o presidente numa ação de difamação movida pela jornalista Jean Carroll, que o acusou de estupro no provador de uma loja de departamento de Nova York, na década de 1990.

No ano passado, ao responder uma pergunta sobre o livro de memórias de Carroll, ex-colunista da revista Elle, o presidente negou conhecê-la e chamou-a de mentirosa. E ainda acusou-a de participar de uma conspiração política contra ele. “Direi com grande respeito: primeiro, ela não é o meu tipo. Segundo, nunca aconteceu. Nunca aconteceu, ok?”

Foi o suficiente para Carroll, que diz ter sido prejudicada por perder o emprego de 26 anos como colunista, entrar com uma ação por difamação num tribunal de Nova York. Há duas décadas, ela teria sido aconselhada a não processar Trump por estupro.