Um projeto está auxiliando na retomada responsável do turismo de base comunitária no Amazonas, que foi bastante afetado pela pandemia do novo coronavírus. A Fundação Amazonas Sustentável (Fas) lançou a campanha “Expedição Rio Negro” para divulgar e promover atividades e empreendimentos turísticos de comunidades ribeirinhas.

De acordo com o coordenador de Empreendedorismo e Negócios Sustentáveis da Fas, Wildney Mourão, a proposta é aproveitar o verão amazônico para incentivar o retorno das atividades turísticas.

“Elaboramos uma estratégia de comunicação humanizada para promover esses empreendimentos turísticos de base comunitária. Faremos isso de forma verdadeira, atrativa, divulgando histórias, pessoas, serviços, atividades, locais, a região e tudo o que envolve a experiência do turismo como uma verdadeira expedição pela Amazônia”, explica o coordenador.

O projeto é realizado em parceria com cinco empreendimentos turísticos situados na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Negro, que abrange os municípios da Região Metropolitana: Manacapuru, Iranduba e Novo Airão.  Segundo representante de um empreendimento esses locais turísticos oferecem uma vasta “experiência amazônica”.

“Nossa expectativa é que essa parceria traga melhorias para o turismo da região, proporcionando um retorno seguro para os visitantes e para as famílias ribeirinhas que precisam dessa renda. Como empreendedor, tive perdas por causa da pandemia, mas não posso esmorecer, pois outras famílias dependem dessa atividade. A parceria com a FAS vem para nos fortalecer”, declara o empreendedor Roberto Mendonça.

Inicialmente, a campanha visa atrair visitantes do próprio Estado para conhecer e valorizar as belezas turísticas da região. “Queremos estimular os amazonenses e quem mora no Estado a olharem para o próprio ‘quintal’ e enxergarem o turismo regional de forma mais valorosa, dando valor a essas atividades, estimulando os empreendedores e a economia local”, diz Wildney.

Renda

O turismo é uma das principais fontes de renda de algumas comunidades ribeirinhas. Com os problemas provocados pela pandemia, essa atividade foi drasticamente afetada. Por isso, promover um retorno seguro do turismo é tão importante para essas populações.

“O turismo é uma importante alternativa de renda para essas comunidades. Nesse período de ausência dos turistas e fechamento das unidades de conservação, houve um grande impacto social e econômico. Além das perdas financeiras, as comunidades ficaram desconfiadas e temerosas de investir no retorno da atividade por conta da Covid-19. Por isso, a retomada deve ser um momento também de retorno da confiança, segurança psicológica, de valorização da oferta turística, de fazer com mais excelência o que já faziam anteriormente”, afirma.

Fonte: D24am