Amazonas tem a segunda maior taxa registrada de Insegurança Alimentar (IA), do Brasil, 71% dos moradores do estado se encaixavam em algum grau, sendo que 37% estavam em Moderada e Grave. Os dados são da Pesquisa de Orçamento Familiares (POF) 2017-2018, divulgada nesta quina-feira (17), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A pesquisa tem como finalidade disponibilizar informações sobre a composição orçamentária doméstica e sobre as condições de vida da população, incluindo a percepção subjetiva da qualidade de vida, bem como gerar bases de dados e estudos sobre o perfil nutricional da população.

De acordo com o estudo, os amazonenses conviviam com a fome. Do total de 1 milhão e 14 mil domicílios particulares permanentes, no Amazonas, 349 mil (34,5) estavam em situação de Segurança Alimentar e outra parte, 665 mil domicílios particulares estavam com algum grau de IA.

Dentre os casos, a situação de IA leve foi de 322 mil domicílios (48,4%), IA moderada foi de 199 mil (30,0%), a IA grave foi de 144 mil (21,6%), os números apresentados pelo (POF) 2017-2018 mostram que tanto a situação moderada quanto a grave, fizeram o Estado ocupar a segunda pior posição do país.

O nível de IA grave demonstra que 144 mil domicílios no Estado não tiveram alimento, os atingidos não foram apenas adultos, mas também crianças e adolescentes. O levantamento ainda aponta que em todo o Amazonas 622mil pessoas passaram por privações quantitativa de alimentos havendo, assim, ruptura nos padrões de alimentação dessas pessoas.

Região Norte

No período da pesquisa havia aproximadamente 5 milhões de domicílios na Região Norte. Dentro deste quantitativo, o estudo identificou aproximadamente 2,2 milhões de domicílios com alguma insegurança alimentar. Com relação às outras regiões, a proporção de insegurança alimentar foi a mais baixa. A Região Nordeste apresentou 49,7% dos domicílios com segurança alimentar a Região Centro-Oeste, 64,8%, Região Sudeste, 68,8% e Região Sul, 79,3%.

Consequentemente, a Região Norte foi a região que apresentou a maior proporção de domicílios com Insegurança Alimenar, 57,0% (2,8 milhões de domicílios). Quanto ao número de moradores da Região Norte em situação de Segurança ou Insegurança Alimentar, a pesquisa revela que dos 17 milhões e 767 mil moradores estimados para a Região, 6 milhões e 720 mil deles, ou seja , 37,8% estavam em Segurança Alimentar e 11 milhões e 47 mil, o equivalente a 62,2%, em situação de Insegurança Alimentar.

Em relação à avaliação subjetiva do padrão de vida relativa à alimentação, chama a atenção que, nos domicílios em Insegurança Alimentar na Região Norte, um percentual considerável avaliou o padrão como bom ou satisfatório. Em relação à saúde, mesmo nos domicílios da Região Norte com Segurança Alimentar o padrão de vida para esse quesito foi considerado ruim para 23,6% um percentual bastante elevado.

Fonte: D24am