Na manhã desta sexta-feira (18) a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) apresentou um Workshop Antifraudes, onde foram abordadas as principais tentativas de golpes e fraudes praticados durante o período de isolamento social, além de dar dicas de como evitá-los.

Para Adriano Volpini, diretor da Comissão Executiva de Prevenção a Fraudes, da Febraban, afirmou que durante a pandemia em todo o mundo, somente o Brasil teve 53,9% de vazamento de dados cartões de débito e crédito no segundo trimestre (abril-junho) deste ano.

O foco principal dos golpistas é no consumidor final e pequeno e-commerces, mas os idosos foram os principais alvos dos criminosos. No período da pandemia da Covid-19 o país teve um aumento de 60% de golpes neste público.

“É um numero muito significativo. Eles atacam toda e qualquer pessoa, mas os idosos foram às principais vítimas destes golpistas. Isso por conta deles se digitalizarem durante a pandemia e não terem intimidade com a internet e aplicativos. Por isso acabaram caindo em muitos golpes”, explicou o Volpini.

Os golpes que mais cresceram foram Phishing bancário (80%), que são os envios de links falsos ou arquivos maliciosos por e-mail, os golpes de falso funcionário e falsas centrais de atendimento (70%) e o golpe do falso motoboy (65%).
Para Volpini os golpistas criaram um sistema chamado de Engenharia Social, onde 70% destes golpes são praticados no Brasil. Exemplos deles são os motoboys falsos, golpe do extravio, golpe da troca de cartões, funcionário falso, central falsa e o mais atual, o golpe do whatsapp.

“Eles apostam nos momentos de rotina das pessoas. O fraudador se vale da desestabilização emocional, tira a pessoa da zona de conforto e induz a fazer essas transações de bancos ou passar dados sigilosos, os fazendo acreditar que já possuíam estes dados antes. Outro modos operandi destes golpistas, são as lojas falsas, links falsos, boletos falsos, o que requer muita a atenção dos clientes, principalmente os de mais idade”, completou.

As dicas para não cair em golpes cibernéticos segundo Volpini é sempre verificar se o endereço da página de internet é o correto, não clicando em links, nem mesmo de e-mails suspeitos. Outra medida é sempre manter seus aplicativos atualizados. Sempre confirme uma solicitação, qualquer que seja pelos canais oficiais do banco ou empresa.

Outra dica dada pelo diretor da Comissão Executiva de Prevenção a Fraudes é de sempre comprar em sites conhecidos e nunca utilizar computadores públicos para realizar compras ou pagamentos online. E é sempre bom lembrar, de nunca repassar para outra pessoa códigos fornecidos por SMS ou imagem de um QR Code enviado para autenticar alguma operação.

“Intensificamos muito nossas fiscalizações neste período de datas comemorativas , pois movimenta muito o e-comerce. Muitas pessoas caem em sites falsos, com descontos grandes e a pessoa empolgada, acaba não analisando o site. É uma oferta tão tentadora e o cliente acaba fazendo a compra e somente depois, percebe que foi vítima de um golpe, quando não recebe o produto. Para detectar estas fraudes, outra dica é observar a forma de pagamento, que acaba sendo somente uma, geralmente o boleto bancário”, concluiu.
Fonte: D24am