O presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado Josué Neto (PRTB), afirmou que o Governo Federal está trabalhando para transformar a Amazônia em referência mundial na geração de negócios sustentáveis. Um dos projetos iniciais será transformar o Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) em fundação para captar os recursos oriundos de taxas arrecadadas das empresas do polo industrial de Manaus.
O vice-presidente da República, General Hamilton Mourão falou, em reunião virtual na Câmara dos Deputados na última semana, sobre o desenvolvimento da bioeconomia da Amazônia e afirmou que o Brasil tem que se apresentar para o mundo com um novo modelo “agroambiental”, ou seja, voltado à biodiversidade.
“A bioeconomia na Amazônia passa por mapeamentos de todos os produtos que nós temos lá como aqueles mais conhecidos: açaí, castanha, cacau, óleos vegetais (babaçu, andiroba, buriti). A questão de incentivar a psicultura dos peixes Amazônicos e seus produtos como a carne, o couro, o óleo. Então existe toda uma gama de produtos e precisamos trabalhar em três vertentes: uma de financiamento e infraestrutura, buscar fontes e aí temos recolhimento de taxas das indústrias que estão estabelecidas na Zona Franca de Manaus e a partir daí aportar esses recursos do Centro de Biotecnologia da Amazônia, que nós estamos já buscando transformar em uma fundação de direito público-privado, de modo que passe a ser um centro de pesquisa e desenvolvimento”, disse Mourão.
No início de setembro, Josué, esteve em Brasília em reunião com general da reserva Eduardo Villas Bôas, que é atual assessor especial do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e conselheiro do presidente da República, Jair Bolsonaro. Na ocasião conversou sobre estratégias de desenvolvimento econômico do Amazonas, principalmente sobre o Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), que pode servir de suporte às empresas que tem interesse em ampliar seus serviços a partir da exploração sustentável da região e acelerar o projeto de implantação do Polo Industrial de Bioeconomia na Zona Franca de Manaus.
Zona Franca de Biodiversidade
O Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, em entrevista à radio Jovem Pan defendeu que seja criada a Zona Franca de Biodiversidade. Ele afirmou que a Zona Franca ajuda a preservar a floresta amazônica e questionou por que ainda não existe nenhum grande laboratório farmacêutico na região, nem empresa de cosméticos.
Reunião na ONU
Nesta terça-feira (22), o presidente Jair Bolsonaro no discurso de abertura da 75ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) falou que a Amazônia Brasileira é ríquissima e que o país está aberto a parcerias econômicas visando o desenvolvimento do 5G e tecnologias de ponta. “O Brasil está aberto para o desenvolvimento de tecnologias de ponta e inovação da indústria 4.0, da inteligência artificial, nanotecnologia e tecnologia 5G com quaisquer parceiros que respeitem nossa soberania, prezem pela liberdade e pela proteção de dados” afirmou.
Bolsonaro disse ainda que o Brasil, por estar conseguindo equilibrar sua economia graças principalmente a produção de alimentos, vem sendo alvo de campanhas difamatórias internacionais. “São interesses escusos que se unem a associações brasileiras, aproveitadoras e impatrióticas, com o objetivo de prejudicar o Governo e o próprio Brasil. Somos líderes em conservação de florestas tropicais. Temos a matriz enérgica mais limpa e diversificada. Mesmo sendo uma das dez maiores economias do mundo somos responsáveis por apenas 3% da emissão de carbono e garantimos a segurança alimentar a 1/6 da população mundial, mesmo preservando 66% da vegetação nativa e usando apenas 27% do nosso território para pecuária e agricultura. Números que nenhum outro país possui”, explicou Bolsonaro.