O enfermeiro Gilberto Pinheiro da Silva, morreu neste domingo (27), no Hospital e Pronto-Socorro (HPS) Delphina Aziz, vítima de Covid-19. Segundo os familiares, o hospital está com o corpo desaparecido e a Secretaria de Estado de Saúde (SES), antiga Susam, não dá satisfação sobre o que poderia ter acontecido.
O comunicado de falecimento de ‘Gil’, como o enfermeiro era carinhosamente conhecido, veio por volta das 3h de domingo (27), impactando familiares e amigos onde depois de algumas horas, tentaram fazer a liberação do corpo e descobriram que ele havia sumido das dependências da unidade hospitalar.
“Gilberto deixou esposa e um filho de dois meses, não é justo que o Hospital Delphina Aziz e o Governo do Amazonas não dêem conta do corpo dele, em um momento de dor. Por favor, clamamos por justiça. Isso não é justo com um homem que dedicou sua vida para salvar vidas durante o ápice da pandemia”, disse o amigo Eduardo Ribeiro.
Eduardo também lançou uma campanha nas redes sociais chamada ‘Cadê o corpo do enfermeiro Gilberto?’, para mobilizar e chamar a atenção das autoridades sobre a situação que passa a família de ‘Gil’ para conseguir fazer o funeral.
“Eu prometo a você e seus familiares, enquanto existir Deus nesta terra, eu só irei parar, só irei descansar, quando conseguir encontrar seu corpo para você conseguir um enterro justo, um velório digno como você merece meu irmão, como a gente se chamava”, finalizou.
Nota
Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) informou que, por determinação do secretário de Estado de Saúde, Marcellus Campêlo, será aberta sindicância para investigar o Instituto Nacional de Desenvolvimento Humano (INDSH), responsável por administrar o Hospital Delphina Aziz, após a troca dos corpos de dois pacientes, neste domingo (26), e determinar as responsabilidades pelo ocorrido.
A SES-AM informou, ainda, que a Secretaria Executiva de Controle Interno também acompanha o caso.
De acordo com a direção da unidade, a troca aconteceu no momento da liberação dos corpos para o serviço funerário, por se tratarem de pessoas com o mesmo nome. A direção do INDSH também informou que já está resolvendo a questão junto às famílias envolvidas e que irá abrir sindicância interna para apurar o caso.






