A informação foi adiantada pouco antes pelo filho do presidente, deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
Marcelo Alvaro Antonio começa a mensagem relacionando o que fez à frente do Ministério do Turismo. Segundo ele, 2019 foi o melhor ano da pasta na história.
Alvaro Antonio, que é deputado federal pelo PSL de Minas Gerais, afirmou que, com as concessões ao Centrão, o governo paga um preço “nunca visto antes na história” para a aprovação de matérias na Câmara.
“Ministro Ramos, o Sr entra na sala do PR comemorando algumas aprovações insignificantes no Congresso, mas não diz o ALTÍSSIMO PREÇO que tem custado, conheço de parlamento, o nosso governo paga um preço de aprovações de matérias NUNCA VISTO ANTES NA HISTÓRIA, e ainda assim (na minha avaliação), não temos uma base sólida no Congresso Nacional, (tanto que o Sr pede minha cabeça pra tentar resolver as eleições do parlamento, ironia, pede minha cabeça pra suprir sua própria deficiência)…”, disse.
Na mensagem, Alvaro Antonio insinuou que o ministro Ramos “não tem capacidade” para ocupar a função que exerce.
“Nem por isso Ministro Ramos, fui ao PR pra dizer que o Sr não capacidade pra atuar em tal função, AO CONTRÁRIO, várias vezes ofereci ajuda pra que o Sr tivesse êxito em suas atribuições (ex: Contratação do Carlos Henrique, abrindo espaços no MTur)”, escreveu.
Alvaro Antonio também questiona a ausência de Ramos da campanha eleitoral que levou Jair Bolsonaro à Presidência da República. “Ministro Ramos, sinceramente não sei onde o Sr estava nos anos 2016, 2017, 2018…”, disse
“Mas eu, junto ao Ministro Onix e outros membros do governo, já estava na Câmara do Deputados articulando em favor da então candidatura do Presidente JB (em um momento que quase ninguém acreditava na eleição dele). Na ocasião da campanha, percorri TODAS as regiões do estado de MG de carro para organizar as ações da campanha”, escreveu.
No ano passado, Marcelo Alvaro Antonio e outras dez pessoas foram indiciados em inquérito pela Polícia Federal por crime eleitoral em razão do escândalo das “candidaturas-laranja” em Minas Gerais na campanha de 2018. Mesmo assim, foi mantido no cargo pelo presidente Jair Bolsonaro.
Luiz Eduardo Ramos já tinha sido alvo de ataque de outro ministro. Em outubro, em uma rede social, Ricardo Salles (Meio Ambiente) chamou Ramos de “Maria Fofoca”. Depois, disse ter cometido um excesso e pediu desculpas.
Fonte: G1