Funcionários, atletas e membros da comissão técnica da Chapecoense se despediram do presidente Paulo Magro na tarde desta quinta-feira (31). Um cortejo com início dentro da Arena Condá, em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, homenageou um dos responsáveis por reerguer o clube. Com 59 anos, Magro foi mais uma vítima da Covid-19 no estado.

Perto das 14h30, o carro fúnebre com o corpo do presidente passou em frente à Ala Sul do campo da Chapecoense, onde aguardavam os amigos e colegas de trabalho de Magro. Uma bandeira do time foi colocada em cima do caixão.

Após deixar a arena, o cortejo seguiu pelas ruas da cidade. O trajeto de cerca de cinco quilômetros durou aproximadamente 20 minutos e, durante o percurso, torcedores acompanharam em carros. A família do presidente chegou ao Cemitério Jardim do Éden de mãos dadas e vestindo as cores da Chapecoense.

Vice-presidente administrativo na gestão de Plinio David de Nes Filho, Paulo Magro assumiu o comando do time interinamente em agosto de 2019, quando o ex-presidente anunciou afastamento.

Em novembro, recebeu o bastão em definitivo. Em agosto deste ano, o mandato da atual diretoria, válido até o fim da temporada, foi prorrogado por mais um ano.

Vítima de Covid-19

Magro estava internado na Unidade de Terapia Intensidade (UTI) do hospital da Unimed, em Chapecó, desde o dia 18 de dezembro, e não resistiu às complicações da doença. Durante o tratamento, ele respondeu bem e apresentava melhora gradativa, porém, lenta.

Na noite de terça-feira (29), houve uma piora brusca por conta de uma infecção que comprometeu o funcionamento dos rins. Ele passou por uma hemodiálise bem sucedida, mas na segunda vez, houve complicações.

Presidente da Chapecoense Paulo Magro — Foto: Marcio Cunha/Chapecoense

Homenagem

Para relembrar o legado deixado e com a intenção de eternizar os feitos do presidente na Arena Condá, a Chapecoense confirmou de Magro será gravado no centro da estrela desenhada homenageando os funcionários mortos no acidente aéreo de 2016. Ela ficará ao lado da cadeira do então presidente Sandro Pallaoro, que foi uma das vítimas na Colômbia.

A prefeitura de Chapecó lamentou a morte do presidente e decretou luto oficial de um dia por conta do falecimento. O clube suspendeu das atividades de quinta-feira.

Luz da Arena Condá reflete sobre as cadeiras de Paulo Magro e Sandro Pallaoro — Foto: Márcio Cunha / Chapecoense

Fonte: G1