“Eles estão tratando tudo como Covid, enchendo os hospitais sem necessidade”, assim, uma mulher que preferiu não se identificar, definiu a rotina do Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto. Ainda de acordo com ela, os hospitais têm vetado alguns atendimentos aos pacientes. “Eles negaram ao meu pai que tivessem um aparelho que ele necessitava e, após eu fazer uma confusão, eles conseguiram o aparelho”, denunciou ela.

De acordo com um familiar que estava na área externa do hospital, apesar de todo o dinheiro já gasto pelo governo, falta estrutura. “A unidade não consegue nem medir saturação. Graças a deus eu vim medindo a da minha mãe no carro, mas quem não pode fazer isso e acabar tendo uma queda, eles não terão como descobrir”, afirmou.

No momento em que os hospitais do Amazonas anunciam estarem próximos de sua ocupação máxima de leitos, o Governo busca, em meio ao auge dos contágios, realizar ações de prevenção.

Atos como a instalação de tendas foram observados e, por conta do aumento de óbitos em decorrência da Covid-19, o retorno das câmeras frigoríficas nas áreas externas do hospitais já é esperado. Além disso, os hospitais proibiram a visitação aos pacientes dentro da unidade e, com isso, muitos familiares foram observados aglomerados na área externa das unidades.

Aumento de casos
De acordo com dados divulgados pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), o Amazonas registrou 1.447 novos casos de Covid-19, totalizando quase 200 mil casos desde o começo da pandemia, com o Estado assistindo o crescimento de casos, sem propor ações.

Com o aumento de casos, o número de óbitos também aumentou. Em um único dia, 63 foram enterrados, quase o dobro da média diária da capital. Atrelado a isso, a lotação das unidades de saúde demonstra o colapso que se aproxima, com a população podendo ficar desamparada em breve.

Fonte: D24am