A novela Marcos Paulo está perto de um final. Mas não o desejado pelo Fluminense. O clube já tomou conhecimento de que o atleta não pretende renovar mais seu contrato, como noticiado pelo “canal do Marcelo Jorand” e jogou a toalha. Os planos, agora, são de vendê-lo até o fim da janela de transferências. Com vínculo válido apenas até junho deste ano, o atacante pode assinar um pré-contrato com outro clube desde o dia 1º de janeiro.

Em meados de dezembro de 2020, o Fluminense voltou a se reunir com Marcos Paulo e seu estafe e apresentou uma nova proposta de renovação, com extensão de contrato por três anos. A tentativa foi a segunda da diretoria tricolor, que assumiu o clube em junho de 2019. A primeira foi em junho de 2020, também sem êxito, uma vez que o atacante e seus representantes já projetavam uma transferência para a Europa na janela seguinte.

Considerado uma das maiores joias formadas por Xerém dos últimos anos, Marcos Paulo sempre foi visto dentro do Fluminense como potencial maior venda da história do clube.

Em julho de 2018, ainda na gestão de Pedro Abad, Marcos Paulo, à época com 17 anos, assinou seu primeiro contrato profissional com o Fluminense, com validade de dois anos, até julho de 2020, e multa rescisória para o exterior de 45 milhões de euros (R$ 205 milhões na cotação da época).

Pouco depois, o clube recusou uma proposta da Roma e, diante do assédio, ainda em outubro decidiu fazer uma renovação contratual com o jogador. O objetivo era valorizar o atleta e aumentar também a multa para o mercado interno, calculada em cima dos vencimentos. As partes aproveitaram para estender o vínculo para três anos, máximo permitido pela Fifa para jogadores menores de 18 anos, até julho de 2021.

Ainda no mesmo ano, o Flu recebeu uma oferta do Watford-ING por Marcos Paulo, mas acabou preferindo vender João Pedro em seu lugar, de olho em uma negociação mais vantajosa no futuro por MP, considerado mais promissor.

Marcos Paulo completou 18 anos em fevereiro de 2019 e a partir de então já poderia assinar vínculos de 5 anos. Na época, com a direção Abad amarrando as novas eleições para a saída antecipada, não houve conversas para renovação.

A atual direção, do presidente Mário Bittencourt, assumiu o clube em junho de 2019. A primeira proposta para renovação de contrato com Marcos Paulo foi em junho de 2020. Mas não houve acordo, já que o atleta já vislumbrava uma negociação para a Europa. Novas conversas ocorreram em dezembro, mas também sem sucesso. E em janeiro de 2021, o atacante entrou nos seis meses finais de contrato e está livre para assinar pré-contrato com qualquer clube.

A atual gestão do Fluminense apostava na venda de Marcos Paulo em 2020 para aliviar as finanças do clube na temporada. O próprio presidente Mário Bittencourt admitiu em entrevistas que o atacante era a “bola da vez” para ser negociada. A expectativa inicial da diretoria era conseguir vender MP por, no mínimo, 10 milhões de euros (cerca de R$ 65,5 milhões) na janela do meio do ano. No entanto, a pandemia de Covid-19 paralisou as competições e esfriou o mercado da bola. Na volta dos jogos, o atacante também alternou momentos de titular e reserva.

Nos dias finais da janela, o único negócio que acabou avançando foi uma conversa de empréstimo com opção de compra com o Torino, da Itália. Mas os clubes não chegaram acordo em valores e prazo de pagamento e o negócio não foi concretizado.

Fonte: ge