A deputada Bia Kicis, eleita presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados (CCJ) no dia 10 de março deste ano, após a Eleição de Arthur Lira para o comando da Câmara Federal, passou a ser duramente criticada após ter, segundo políticos, “estimulado motins” a partir do caso envolvendo um policial militar da Bahia (BA), que foi morto a tiros no último domingo (28). Políticos do Amazonas se manifestaram sobre o caso e dividiram opiniões. Marcelo Ramos (PL) e Vanessa Grazziotin foram alguns dos que expressaram suas opiniões a cerca do ocorrido.

O deputado Marcelo Ramos (PL), vice-presidente da Câmara Federal e também do Congresso Federal, repudiou o comportamento da deputada Bia Kicis nas redes sociais. “Deputada Bia Kicis a condição de paramentar não nos permite incitar o cometimento de crimes. A condição de presidente da CCJ, menos ainda. O respeito à hierarquia é elemento essencial para as PMs e um paramentar estimular motins é algo muito grave”.

A ex-senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB) expressou sua indignação a respeito do posicionamento de Bia. “Amanheci com as informações que vem da Bahia. Gravíssimas! Um possível surto de um policial, que foi baleado pela própria corporação, está sendo politizado (serão ordens centrais?) A partir da BA, tentam colocar as Polícias Militares contra os governadores. Atenção!”, alertou a comunista.

Bancada da bala

Até o meio-dia desta segunda (29), nas redes sociais, representantes da bancada da bala, como o deputado Capitão Alberto Neto (Republicanos), vice-líder do Governo Bolsonaro, e o deputado Delegado Pablo (PSL), não se pronunciaram sobre a polêmica envolvendo o nome de Bia Kicis no caso do PM.

“Polícia pede socorro”

Apesar de não ter comentado sobre Bia Kicis, Alberto Neto fez questão de se manifestar sobre o caso envolvendo a morte do policial militar. Para ele, a polícia brasileira pede socorro.

“O que houve ontem com o Policial Militar que morreu na Bahia só demonstra que a nossa Polícia pede socorro. Os governantes e parte da sociedade não enxergam o policial como um ser humano, por isso ele se sente cada vez mais descartável e adoentado. O estresse ocupacional é o grande vilão dessa história, pois leva policiais a se suicidaram três vezes mais do que a média da população brasileira”, destacou o Republicano.

Ainda conforme Alberto, é necessário mais que investimento material. “Precisamos buscar políticas públicas que atendam esses profissionais com a finalidade de combater esse desgaste mental e emocional, criar protocolos e, mais do que tudo, dar apoio aos nossos combatentes”.

Ausentes

Os três senadores, Eduardo Braga (MDB), Plínio Valério (PSDB) e Omar Aziz (PSD), não se pronunciaram sobre o caso nas redes sociais. O mesmo ocorreu com os deputados federais Átila Lins (PP), Bosco Saraiva (Solidariedade), Sidney Leite (PSD), Zé Ricardo (PT) e Silas Câmara (Republicanos).

Entenda o caso

Bia usou o perfil em uma rede social para dizer que o policial militar teria sido assassinado após se recusar a prender trabalhadores. “Disse não às ordens ilegais do governador Rui Costa da Bahia. Esse soltado é um herói. Agora a PM da Bahia arou. Chega de cumprir ordem ilegal”, disse a deputada ao afirmar que o soltado havia sido “abatido por seus companheiros”.

PM é baleado e morto

O policial militar Weslei Soares, que bloqueou a frente do Farol da Barra e efetuou disparos, na tarde de ontem (28), teve a morte confirmada pela Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA). Ele estava internado no Hospital Geral do Estado (HGE) após ser baleado por policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) no início da noite. A morte foi confirmada às 22h41min de ontem.

Fonte: Portal Tucumã