O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM) teve que manter o pulso firme durante a sessão desta quarta-feira, dia 12, que contou com o depoimento do ex-secretário de comunicação do Governo, Fábio Wajngarten. Ele foi chamado para prestar esclarecimentos sobre uma entrevista dada a revista Veja, aonde afirmou que o Brasil não comprou vacinas da Pfizer por conta da “incompetência” do Ministério da Saúde, na época gerenciado pelo general Eduardo Pazuello.

Durante o depoimento, o ex-secretário do Governo Bolsonaro deu muitas respostas evasivas e foi diversas vezes acusado de tentar proteger o presidente Jair Bolsonaro, além de mentir diante dos senadores, o que se torna um crime. Com isso, o relator Renan Calheiros (MDB-AL) pediu que ele fosse preso em flagrante.

O presidente da CPI, senador Omar Aziz, negou dar voz de prisão a Wajngarten. Segundo ele, a comissão não pode atuar como um tribunal. Depois de pausa na sessão motivada por uma uma discussão entre Calheiros e o senador Flavio Bolsonaro, Aziz afirmou que iria encaminhar o depoimento de Wajngarten para análise do Ministério Público Federal. O órgão deve analisar se houve crime de falso testemunho.

Omar Aziz, disse direcionando-se a Fábio Wajngarten, “É muito fácil, a gente fazer uma acusação um dia e você passa a vida toda se defendendo, e já aconteceu com muitos de nós aqui, acusar é a coisa mais fácil, jogar uma pedra é a coisa mais fácil, ninguém pode vir aqui na CPI pensando que vai me intimidar”. disse, Aziz.

O presidente da CPI continuou discursando diretamente para Wajngarten, “Eu vou procurar dentro da CPI, o que é minha obrigação, fazer justiça não com o fígado, mas fazer justiça para cada brasileiro em ter duas vacinas”, continuou o senador Omar.