Atualmente o senador Eduardo Braga (MDB) se mostra um defensor das medidas de distanciamento e de segurança sanitária contra o novo coronavírus. Isso pelo menos é a postura que ele adotou diante da CPI da Covid-19. Mas até pouco tempo as coisas não eram assim.

Isso porque no dia 26 de dezembro, menos de três semanas antes do Estado do Amazonas praticamente colapsar com a falta de oxigênio nas unidades de saúde por conta do aumento de casos da Covid-19, o senador se mostrou um avido defensor da abertura do comércio no Amazonas.

Na época, em publicação em uma rede social, o senador se posicionou contra o decreto do dia 23 de dezembro do Governo do Amazonas, que aumentava o nível de restrições no Estado por conta do aumento de casos da Covid-19.

Vale ressaltar que o aumento das restrições de isolamento tinha como base análises da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) que identificavam a necessidade de reforçar  medidas de isolamento social.

“Não é hora de fechar o comércio e sim incentivar o empreendedor, sob pena de causar prejuízos irreparáveis à atividade econômica e gerar ainda mais desemprego”, disse na época.

Houveram muitos contrários a decisão do governo estadual, e entre eles estava o senador Eduardo Braga. Três dias depois da publicação do senador, o decreto foi revogado e a abertura dos comércios contribuiu bastante para o colapso e caos que se instalou no Estado por conta da falta de oxigênio.

Na mesma publicação de 26 de dezembro, o senador chegou a cobrar do governo do Estado investimento e planejamento na saúde, sendo que no período que foi governador do Amazonas, não foi construída nenhuma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no interior do Estado.

Até o momento, 380.416 casos do novo coronavírus e 12.893 mortes foram registrados no Estado do Amazonas.