O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou nesta última sexta-feira (18) a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, que acontece no Senado Federal. Para Bolsonaro, a CPI “não busca a verdade” e tem a ilusão de que vai conseguir derrubar seu governo.

“Não vai ser uma CPI da mentira, uma CPI onde não busca a verdade, uma CPI que se ilude achando que vai derrubar o governo federal, um presidente da República que nunca se furtou no seu dever de decidir”, disse o presidente, em evento que celebrou a entrega de pavimentação de uma rodovia no Pará.

Em seu discurso, Bolsonaro também voltou a criticar os governadores que impuseram medidas de restrição à circulação de pessoas para tentar conter a disseminação do coronavírus causador da Covid-19. Segundo Bolsonaro, esses gestores estaduais serão relegados pela história ao ostracismo.

De novo, Bolsonaro incentivou o chamado “tratamento precoce”, com medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19. Citando a hidroxicloroquina e a ivermectina, orientou o público presente a procurar pelo tratamento com esses remédios em caso de diagnóstico positivo para a doença.

“[Quero] dizer a vocês que eu, lá atrás, tomei hidroxicloroquina, assim como muitos de vocês tomaram também ivermectina. Isso não mata ninguém”, afirmou o presidente, que ressaltou não ser “conivente com a indústria farmacêutica”.

Em seu discurso, o presidente da República também fez elogios a ministros do seu governo, como Teresa Cristina (Agricultura), Tarcísio Freitas (Infraestrutura) e André Mendonça (Advocacia-Geral da União, AGU). No caso de Mendonça, Bolsonaro destacou o fato de ele ser pastor evangélico. O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, presente no evento, também foi elogiado por Bolsonaro. “Diferentemente de outros governos, olha o padrão dos nossos ministros…”, falou Bolsonaro, sob aplausos.

O pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, foi outra pessoa a receber uma deferência de Bolsonaro. O presidente disse que Malafaia se tornou uma “liderança nacional” e celebrou o fato do Brasil ser um país majoritariamente cristão. “Respeitamos todas as religiões, mas é muito bom ter Deus no coração”, falou o presidente.