O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta quinta-feira, dia 8, que a missão de seu país no Afeganistão será encerrada oficialmente em 31 de agosto deste ano, cerca de duas semanas antes do que havia anunciado anteriormente. Segundo o mandatário, a velocidade de retirada dos militares do país “garante segurança” a todos e que os EUA “atingiram os seus objetivos”.

“Estamos colocando fim à mais longa guerra americana e não mandarei uma outra geração de americanos para a guerra no Afeganistão sem nenhuma expectativa razoável de se chegar a um resultado diferente”, disse o presidente em um longo discurso ao ressaltar que essa é uma “guerra invencível”.

O democrata ainda pontuou que as Forças Armadas do país estão “reposicionando as nossas forças para enfrentar as ameaças terroristas onde estão agora, na Ásia meridional, no Oriente Médio e na África”. “Mas, não cometam erros: nós temos capacidade de proteger o nosso país de qualquer novo desafio terrorista proveniente do Afeganistão”, ressaltou.

Biden disse que os EUA não foram ao Afeganistão “para construir uma nação” porque são os líderes locais “que precisam se unir e conduzir o país rumo a um futuro de paz”. A guerra do Afeganistão foi iniciada após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001. Além dos norte-americanos, os militares da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) também já estão deixando o país. A primeira previsão de Biden queria, inclusiva, retirar as tropas no dia 11 de setembro deste ano.

A saída dos EUA era uma promessa de campanha do ex-presidente Donald Trump que, no início de 2020, firmou um acordo de paz para a retirada das tropas do que chamava de “guerras eternas”.

No entanto, desde que os países começaram a deixar o território afegão, membros do Talibã voltaram a expandir sua presença no território, provocando temores nos países vizinhos. O Irã, atualmente, está tentando fazer a mediação para um cessar-fogo permanente entre os membros do grupo e o governo de Cabul.

*Com informações do Terra.