A campanha batizada de “Moro 2022 contra o sistema”, defende que o ex-juiz ocupe a “terceira via” como alternativa às candidaturas de Bolsonaro e de Lula.

O movimento também se intensificou com a presença de Moro no Brasil – hoje ele está morando e trabalhando nos Estados Unidos -, onde teve conversas com políticos que defendem sua candidatura e com outras lideranças.

Para apoiadores, Moro não definiu ainda se está disposto a se lançar como candidato ao Planalto. Mas, segundo o senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), de quem é próximo politicamente, ele também não descartou a possibilidade de participar da disputa.

“Temos um diálogo excelente com Moro”, conta o senador Oriovisto. “Ele já nos disse que, se resolver entrar na política, vai se filiar ao Podemos”, diz.

Fernando Holiday, vereador do partido Novo-SP, também viu de forma positiva a possibilidade de Moro entrar na corrida presidencial. “O brasileiro tem a esperança de que Moro saia candidato em 2022. Moro é centrado, possui carreira ilibada e tem coragem de enfrentar a máquina corrupta que destrói o País”, afirmou o político.

Apesar do entusiasmo de seus apoiadores, a construção da candidatura de Moro não é tão simples assim. Depois que o STJ anulou as decisões que condenaram o ex-presidente Lula e consideraram Sérgio Moro como sendo um juiz parcial, houve uma inegável perda de capital político e desgaste de imagem. Além disso, sua turbulenta passagem pelo governo Bolsonaro também contribuiu para enfraquecer seu nome como opção na construção de uma terceira via.