O empresário José Antônio Rodrigues Neto, um dos envolvidos em um suposto esquema de corrupção denunciado pelo senador Omar Aziz (PSD), parece fazer jus ao apelido que ganhou, o “irmão ostentação”. Na denúncia, feita no dia 13 de julho, José Antônio seria o “irmão ostentação” da conselheira do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), Yara Lins. Ela é a principal investigada no esquema de corrupção e enriquecimento ilícito da família.

Uma das acusações que podem recair sobre ele é a de ocultação de bens, tendo em vista que ele ostenta sem vergonha alguma carros de luxo, lanchas, relógios valiosos, e até Jet Ski. No entanto, não existe nenhum um registro de veículo no nome dele – algo que a investigação busca esclarecer.

O “irmão ostentação” também é apontado, segundo investigações, como o maior operador financeiro do esquema ilícito, sendo o detentor de várias empresas, sendo elas as seguintes:

  • Cazuza Serviços Especializados da Construção Ltda;
  • JRN Manutenção Predial e Serviços de Refrigeração Eirelli;
  • Viana Manutenção e Serviços de Refrigeração Ltda;
  • Rodrigues Mota Hitotuzi & Ferreira Advogados;
  • JRN Locadora Ltda;

Além dos fatos já apresentados, a investigação busca esclarecer se tais empresas têm contratos com o Estado ou com prefeituras do interior, tendo em vista que a conselheira Yara Lins também é suspeita de favorecer empresários em um esquema citado por Omar Aziz durante o depoimento do deputado Fausto Junior na CPI da Covid.

“Diante dos fatos apresentados e diante da ligação direta com a Conselheira Yara Lins, é imperioso que seja verificada a origem do dinheiro que sustenta essa infinidade de bens em nome da Conselheira e seus familiares e também verificar os supostos bens ocultos”, diz trecho da denúncia.

Segundo a denúncia, a renda e a evolução patrimonial da conselheira Yara Lins, e demais envolvidos na notícia-crime, é completamente incompatível e com evidentes indícios de enriquecimento ilícito.