MANAUS – A fantasia de mau gosto, com apologia ao crime bárbaro envolvendo o ex-goleiro Bruno e Eliza Samudio do Halloween do Porão, gerou revolta nas redes sociais e chegou até a mãe de Eliza.

A casa de shows, localizada na zona oeste da capital amazonense, ainda tentou remediar a situação emitindo uma nota mal explicada, na qual aponta a culpa a um “estagiário que tem 20 anos de idade”, que na época do crime teria 9 anos e portanto “desconhecimento” do caso. Ninguém engoliu essa conversa, muitos clientes do Porão apontam que estamos em plena era da informação, principalmente com os avanços tecnológicos, outros indicaram que o caso sempre vem a tona na mídia, portanto o tal estagiário (se é mesmo que existe) é no mínimo mal informado.

Confira a nota:

Ainda na noite desta terça-feira (02), uma mulher identificada como Juliana Lima e que se diz “dona de fato do Porão do Alemão”, publicou vídeo justificando que o caso passou despercebido. Afirmou ainda que assim que tomou ciência da situação tomou as rédeas das redes sociais.

Assista:

O que causa estranheza nessa história é que, como de conhecimento da população manauara, o Porão sempre foi propriedade do agora vereador William Alemão. Ele, inclusive, é rosto conhecido nas colunas sociais da cidade, além de ter sido um dos principais articuladores contra os decretos municipais e estaduais, que determinaram os fechamentos dos estabelecimentos durante os períodos mais drásticos da pandemia.

O nome de William ainda aparece vinculado ao Porão nos sites de consulta a pessoas jurídicas, conforme a seguir:

Fica a dúvida se Juliana apareceu em cena só para tirar o foco do vereador William Alemão ou se de fato ela sempre foi a dona da empresa. Até o momento o vereador não se manifestou sobre o ocorrido.

Processo Judicial

Sônia Fátima Moura, mãe de Eliza Samudio, já tomou conhecimento da “brincadeira” e afirmou que vai processar o homem que se fantasiou fazendo piada com a memória da filha. “Isso não vai ficar assim. Vou tomar providência quanto a isso. Além da minha dor, existe a dor do meu neto, que é uma criança de 11 anos que não tem voz ainda, que não tem como defender a mãe”, disse Sônia ao site UOL.

“Ele [o filho de Elisa Samudio e do ex-goleiro do Flamengo] está em transição para a adolescência. É um momento complicado da vida dele, e as pessoas querem fazer o quê? Querem plantar raiva, ódio nele? Daqui a pouco vão fazer comparação dele com o pai. Eu tento preservar ele dessas coisas, não alimento ódio, nem mágoa do pai. Mas pra quê? Pra surgirem pessoas desse tipo e fazerem o que estão fazendo?”, acrescentou.