Marcelo Ramos falou com o Roda Viva diretamente de Glasgow, na Escócia, onde participa da Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Clima, a COP26. Ele foi entrevistado por uma bancada de jornalistas. Durante o programa, a diretora-executiva do Metrópoles, Lilian Tahan, o questionou se o PL ficaria pequeno demais para ele e Bolsonaro.

“Eu não tenho como negar que é uma condição incômoda para mim. Não tenho dúvida que um presidente da República é mais importante para um partido do que um deputado federal do estado do Amazonas, mas também não tenho dúvida de que o futuro de um país é mais importante do que o projeto de qualquer partido”, disse o parlamentar.

Ramos continuou ao afirmar que sabe qual é o seu lado: “Meu lado é o futuro do Brasil. Acredito que o Bolsonaro não é bom para o futuro do país. Com relação à minha posição partidária, vou considerar o que está em jogo, que é muito maior do que eu me eleger. Precisamos superar 600 mil mortes por Covid, desemprego, uma inflação projetada de 10,25%. Eu não posso acreditar que um presidente desse é bom para o país. Não estarei no palanque de Bolsonaro”, afirmou ao responder o questionamento de Tahan.

Confirmação

Nesta segunda, Marcelo Ramos pediu “licença” ao presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, para não apoiar Jair Bolsonaro (sem partido) em 2022, em caso de filiação.

Em declaração dada à CNN Brasil, nesta segunda, Bolsonaro anunciou que está 99% fechado com PL. A situação deixou Ramos, vice-presidente da Câmara, desconfortável.

Ao Metrópoles, Valdemar Costa Neto, condenado no esquema do mensalão, confirmou a filiação de Bolsonaro.

A cerimônia de ingresso do presidente da legenda ainda está em discussão, mas o PL trabalha para que a formalização ocorra na próxima semana, em 22 de novembro, mesmo número da sigla.