EUA – A Justiça dos Estados Unidos condenou, nesta quarta-feira (17) Jacob Chansley, o homem que invadiu o Congresso dos EUA com um chapéu com chifres e sem camisa, a 3 anos e 5 meses de prisão.

Promotores americanos haviam pedido à Justiça americana Chansley, um dos extremistas que invadiram o Capitólio dos Estados Unidos em 6 de janeiro, cumprisse 51 meses de prisão – o equivalente a 4 anos e 3 meses.

Chansley ficou conhecido como “xamã do Qanon” (Qannon é um movimento conspiracionista).

Ele assumiu a culpa pelo ato e fez um acordo judicial em setembro. Segundo o Ministério Público, o extremista teria ainda que enfrentar mais três anos de liberdade condicional e o pagamento de uma multa de US$ 2 mil (cerca de R$ 10,9 mil).

Em setembro, Chansley se declarou culpado de tentar obstruir um procedimento oficial ao invadir, junto a milhares de outras pessoas, o prédio do Congresso dos EUA em uma tentativa de evitar que o Legislativo certificasse a vitória do presidente Joe Biden nas eleições de 2020.

O juiz do caso, Royce Lamberth, afirmou que acredita que Chansley tentou convencer a Justiça que ele está “no caminho certo”.

Os advogados do condenado pediu para o juiz descontar o tempo que ele já esteve preso. Ele apareceu na corte com um macacão verde, e ele tinha feito a barba.

Na prisão, ele foi diagnosticado com esquizofrenia transitória, transtorno bipolar, depressão e ansiedade.

Quando se declarou culpado, Chansley disse que estava decepcionado com o ex-presidente Donald Trump, que não concedeu indulto a ele.

Quatro pessoas morreram na invasão do prédio do Congresso no dia 6 de janeiro. Um policial que foi atacado morreu no dia seguinte. Cerca de 140 policiais ficaram feridos.