Mundo – A agência espacial americana (NASA) em parceria com o Centro Aeroespacial Alemão (DLR), está desenvolvendo um estudo sobre os transtornos de sono em ambientes sem gravidade e, para isso, está em busca de voluntários que topem dormir 30 dias de cabeça para baixo, ou melhor: em uma cama inclinada a 6 graus, posicionando a cabeça mais baixa que o restante do corpo.

A pesquisa intitulada “Nasa Bed rest studies” (estudos sobre repouso na cama, em tradução livre) teve início em 2019. Para esta etapa, os voluntários receberão 11 mil euros, cerca de R$ 69 mil, para participar.

As tarefas envolvidas vão além de apenas dormir: devem comer, fazer exercícios e até mesmo tomar banho de cabeça baixa para verificar como o corpo humano se comporta na ausência de peso reproduzindo o deslocamento dos fluidos corporais no espaço.

Sua dieta também é estritamente controlada com refeições sem aditivos ou adoçantes artificiais. Os participantes ainda são encorajados a definir uma meta, como aprender um novo idioma ou fazer aulas online.

Durante o período dos testes, há um monitoramento constante para que seja possível entender como seus corpos mudam e por quê. Os resultados permitem o desenvolvimento de medidas que ajudarão os astronautas em missões espaciais, bem como as pessoas acamadas na Terra, explica o site da Nasa.

Para agravar o desconforto dos voluntários, os cientistas precisam coletar dados, como frequência cardíaca, massa óssea e absorção de nutrientes.

Quanto mais tempo um astronauta fica no espaço, mais graves podem ser os efeitos para a saúde. Ossos perdem mais de um por cento dos minerais e densidade a cada mês fora da órbita da Terra, e os astronautas também correm o risco de doenças como atrofia dos músculos, perda de volume sanguíneo e descondicionamento cardiovascular, razão pela qual eles devem ter certeza de comer bem e exercício com frequência.