ITÁLIA – Vito Cangini, um homem italiano de 80 anos, esfaqueou a esposa Natalia Kyrychock, de 61 anos, até à morte após ter recusado fazer sexo no dia no Natal com o marido, depois dele já ter tomado um comprimido de Viagra. O caso aconteceu na residência do casal em Fanano di Gradara, na Itália.

Segundo o jornal “The Sun”, a discussão entre Vito Cangini e a esposa Natalia Kyrychok começou pois o italiano acusou a mulher de estar atraída pelo patrão e, por esse motivo, teria desistido de fazer sexo com ele.

O homem ainda disse que esfaqueou Natalia várias vezes e deixou seu corpo ensanguentado no chão antes de ir para a cama. Os jornais locais informam que Vito se levantou no dia seguinte, tomou o café da manhã, passeou com o cachorro, como habitualmente, e ligou para o restaurante onde a esposa trabalhava como chef, dizendo ao proprietário que nunca mais a veria. O marido ainda teria dito que sabia que “algo estava acontecendo” entre os dois.

Desconfiado, o dono do restaurante chamou a polícia, que encontrou o corpo de Kyrychok logo que visitaram a cena do crime. O resultado da autópsia ainda não foi divulgado, mas os relatórios preliminares sugerem que ela foi esfaqueada pelo menos quatro vezes, incluindo no coração.

O homem foi levado sob custódia e a polícia conseguiu recuperar no local o que acredita ser a arma do crime. A investigação ainda está em andamento.

FEMINICÍDIO

De acordo com o Dossiê Feminicídio, do Instituto Patrícia Galvão, o assassinato de mulheres em realidades marcadas pela desigualdade de gênero recebe o nome de feminicídio. Considerado crime hediondo no Brasil, o feminicídio é a forma mais fatal de violência infligida a mulheres, que ocorre em sociedades onde a desigualdade de poder entre homens e mulheres, a partir de construção histórica, cultural, econômica, política e social.

Motivados por sentimentos de posse, companheiros, ex-namorados, parentes e até mesmo colegas de trabalho agridem e violentam as mulheres. As formas de violência são inúmeras, e normalmente não começam na agressão física, manifestando-se primeiro na sociedade, onde elas têm acessos desiguais, salários menores e sofrem preconceito de gênero, que acaba perpetuando crimes fatais.

O feminicídio é um crime de ódio, e o termo foi cunhado em 1970 com o intuito de finalmente nomear as sucessivas e progressivas violências contra as mulheres que terminam em morte.