MANAUS – Thaysa Ramos foi ser presa nesta quarta-feira (26), suspeita de ser a mandante do homicídio do próprio avô, o sargento da reserva da Polícia Militar Evandro da Silva Ramos, de 59 anos, e não demonstrou nenhum remorso pelo crime.

Segundo a Delegada-Geral da Polícia Civil do Amazonas, Emília Ferraz, Thaysa é fria e não demonstrou sentimentos de arrependimento. Ela confessou que planejou o crime junto com o namorado, Alexandre Borges de Oliveira, 20 anos, com o objetivo de roubar R$30 mil que tinha na casa da família.

O delegado Ricardo Cunha, titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), contou que Thaysa morava na casa com os avós e o plano de roubar os R$30 mil surgiu após uma limpeza doméstica no final do ano, quando encontrou o valor em um cômodo da residência e contou para o namorado, assim surgindo a ideia de roubarem o dinheiro.

“Ele [Evandro] vinha economizando ao longo dos anos, para comprar uma casa para mãe da mandante do crime. O casal traçou um plano que indicava entrada da casa, e eles planejaram até qual era a melhor maneira de entrar na residência e abrir o portão. Informações essas que só os familiares e residentes da casa sabiam”, informou o titular da DEHS.

Investigação

O nome de Thaysa teria surgido como participante do crime após familiares apontarem para a polícia que ela havia roubado R$7 mil da avó materna. Evandro, inclusive, teria defendido a neta e pedido para que não denunciassem a jovem. Na época do crime, ela foi expulsa de casa pelos familiares maternos, mas foi perdoada.

Com essa linha de investigação, e pelo fato da neta não ter participado do velório e do enterro do próprio avô, PC-AM chegou até Thaysa e Alexandre, que confessaram o crime.

“Ela não participou do velório, do enterro, ela é uma pessoa muito fria, não demonstrou qualquer tipo de arrependimento quando passou por interrogatório. Ela é uma pessoa muito dissimulada apesar de ser muito jovem”, disse o delegado Ricardo Cunha.

A equipe ainda contou que a principal divergência no depoimento dos dois, é que um acusa o outro de ser o idealizador do latrocínio. Thaysa e Alexandre irão responder pelos crimes e ficarão a disposição da Justiça. Já os autores do crime seguem sendo procurados pela Polícia Civil.