BRASIL – Em reunião com procuradores do Ministério Público Federal (MPF), o senador Omar Aziz, que presidiu a CPI da Covid-19 cobrou celeridade nas investigações e disse que as denúncias realizadas não podem “ser enterradas”.

A reunião aconteceu nesta quarta-feira (9), em Brasília. Aziz estava acompanhado dos senadores Randolfe Rodrigues (vice-presidente da CPI) e Renan Calheiros (relator da Comissão). Juntos, o trio também solicitou agenda com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luiz Fux.

“Enviamos provas e documentos, como o próprio caso da VTC Log. Mas a CPI também tinha suas limitações legais e só os órgãos competentes podem realizar outros cruzamentos de informações e aprofundar na apuração das denúncias. Essa reunião também é para mostrar que todo o trabalho da CPI pelas mais de 600 mil vítimas da Covid-19 não foi em vão e a justiça precisa dar uma resposta para a sociedade.”, reforça Omar Aziz.

O MPF é responsável por analisar os pedidos de indiciamento e os documentos da investigação da CPI envolvendo improbidade administrativa e corrupção, entregues juntos do relatório final em outubro do ano passado. Enquanto o STF deve investigar os agentes públicos com foro privilegiado, como é o caso de Jair Bolsonaro, seus filhos e outros membros do governo federal.

Em seu relatório final, a CPI da Covid-19 pediu o indiciamento de 80 agentes públicos e privados por crimes como prevaricação, crimes contra a humanidade, improbidade administrativa, fraude contratual, ato lesivo à administração pública, tráfico de influência, entre outras acusações.