BRASIL – A operação que culminou na prisão do influenciador digital Kleber Moraes, o “Klebim”, do canal “Estilo Dub”, investiga um grupo suspeito de exploração de jogos de azar, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Nesta segunda-feira (21), além de Kleber, foram presas outras três pessoas. A TV Globo apurou que elas são:

  • Pedro Henrique Barroso de Neiva, de 37 anos
  • Vinícius Couto Farago, de 30 anos
  • Alex Bruno da Silva Vale, de 28 anos

Todos são associados e amigos de “Klebim” e, segundo a polícia, participavam da realização de sorteios irregulares de veículos na internet. A suspeita é que o grupo tenha movimentado R$ 20 milhões entre 2021 e este ano, de acordo com os investigadores.

A Justiça determinou a prisão temporária dos suspeitos por cinco dias. Também foram expedidos oito mandados de busca e apreensão em endereços dos investigados, e o bloqueio de R$ 10 milhões de contas deles.

Até a última atualização desta reportagem, o g1 não tinha conseguido contato com as defesas dos suspeitos.

Como funcionava o esquema?

As apurações tiveram início após o recebimento de denúncia pela Polícia Civil. Segundo os investigadores, o grupo realizava rifas de veículos pelas redes sociais de forma irregular, sem autorização do governo federal nem recolhimento de impostos, o que constitui exploração de jogos de azar.

Os veículos eram preparados com rodas, suspensão e som especiais, e as rifas eram anunciadas em um site. Como possuíam milhões de seguidores, os investigados pela operação vendiam facilmente as rifas, segundo a polícia.

Além disso, as apurações indicam que o grupo lavava o dinheiro obtido nos sorteios por meio da compra de carros de luxo, registrados em nomes de laranjas e empresas de fachada. Há ainda suspeita de que eles emprestavam dinheiro a criminosos que realizavam roubos e furtos.

A TV Globo apurou que os investigadores encontraram movimentações financeiras suspeitas em contas ligadas a “Klebim”. Um dos investigados também afirmou, em uma conversa com o pai, que as atividades ilícitas do grupo tinham “prazo de validade” e que usaria o dinheiro obtido para investir em negócios lícitos.

Busca e apreensão

Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Águas Claras, Guará e Samambaia, no Distrito Federal. Os investigadores apreenderam nove veículos de luxo, entre eles uma Lamborghini e uma Ferrari. Os carros estão avaliados em R$ 3 milhões cada um.

A mansão do líder do grupo, localizada no Park Way, também foi alvo da operação. Foram bloqueados R$ 10 milhões das contas dos investigados. Além dos veículos de luxo, foram apreendidos vários outros carros, uma motocicleta e um jet-ski.