Brasil – Uma adolescente, de 16 anos, morreu após passar mal em uma festa rave, no final de semana em Vila Velha, no Espírito Santo. A estudante Adrielly Duarte estava no festival de música eletrônica com amigos quando se sentir um mal-estar e foi levada por outros participantes do evento até o posto médico, porém morreu depois de ser levada ao hospital. Segundo a família da estudante, a causa da morte foi overdose.

A mãe da adolescente, Maria Rosimere Duarte, revelou que um laudo apontou que várias substâncias como ecstasy e outras drogas sintéticas foram encontrados no organismo de Adrielly. “Ainda injetaram algo no braço dela”, afirmou ela.

Adrielly morava com a mãe em Governador Valadares, Minas Gerais, mas viajar ao Estado para ficar com a irmã mais velha, que mora em Cariacica. Em entrevista a TV Tribuna/SBT, Maria Rosemary contou que na noite de sábado (23) foi a última vez que ela teve contato com a filha.

“Liguei para ela era 19h30 e perguntei: ‘Adrielly, onde você está?’. Ela disse: ‘mãe, estou em um festa’. Falei: ‘você está de brincadeira. Você não pode perder a passagem amanhã.’ Ela disse: ‘não, mãe, não vou perder a passagem, vou viajar, já falei que vou estudar direitinho que vou fazer tudo direitinho’. Falei: ‘Adrielly, juízo, você sabe que não gosto desse tipo de coisa, você sai daí o mais rápido que puder e arrumar suas coisas'”, relatou Maria Rosemary.

No domingo (24), a mãe tentou contato com a filha. Ela mandou mensagens pedindo para que a adolescente ligasse antes de começar a viagem de volta para Minas Gerais. As horas foram passando e Adrielly não respondeu. Em determinado momento do dia, a filha mais velha de Maria Rosemary ligou perguntando se ela tinha notícias da estudante. Foi quando ela soube que a filha se sentiu mal na festa. “Mãe, ligaram para cá e falaram que Adrielly estava tendo overdose”, lembrou Maria Rosemary sobre como recebeu a notícia da filha.

Um relatório da equipe médica que atendeu Adrielly na rave informa que a adolescente deu entrada no posto médico às 11h55, do domingo. “A paciente não identificada com sinais de sudorese, apresentava fadiga respiratória, dissaturação 92%, Glasgow 11, paciente acordada, apresentada quadro responsivo, com abertura ocular espontânea, com baixa de inconsciência”, descreve o laudo.

O documento ainda informa que ao meio-dia, a adolescente foi removida com oferta de oxigênio e levada até a UPA do bairro Riviera da Barra. Ela chegou a ser transferida ao Hospital Antônio Bezerra de Faria, no mesmo município, mas morreu.

Nas redes sociais, um rapaz diz que viu Adrielly se sentindo mal e a socorreu. “Eu e minha namorada nem conhecemos ela, passamos dançando e vimos ela se torcendo toda, pegamos ela, levamos para o posto médico. Era surreal o estado que ela estava”, disse na postagem.

Mensagem de jovem que socorreu Adrielly

Mensagem de jovem que socorreu Adrielly |  Foto: Reprodução TV Tribuna/SBT

 

“Me sinto culpada”

A mãe de Adrielly disse que a filha usou documento falso para entrar no evento, por ser menor de idade. “Como que uma menina de 16 anos entra dentro de uma rave com identidade falsa?”, questionou ela.

“Mataram minha filha e ficou por isso, todo mundo correu e deixou minha filha sozinha”, desabafou ela.

Maria Rosemary veio de Governador Valadares para o Estado para o velório e sepultamento da filha, que aconteceu no cemitério municipal Jardim da Saudade, em Cariacica. “Me sentindo culpada. Não tem dor maior no mundo do que enterrar um filho. Enterrei minha mãe há 8 meses e agora estou enterrando minha fila de 16 anos”, lamentou.

Em entrevista aTV Tribuna/SBT, um organizar do evento  garantiu que o festival estava regularizado e que a festa não permitia a entrada de menores de idade.

Via: Tribuna/SBT