Brasil – O presidente Jair Bolsonaro (PL) reuniu-se, na tarde desta segunda-feira (2/5), com lideranças evangélicas no Palácio da Alvorada. A pauta do encontro foi a realização da “Marcha para Jesus” nas capitais brasileiras.

A ideia dos pastores é que o mandatário da República participe do maior número possível de atos pelo país. As lideranças querem realizar os movimentos da marcha em diversas datas e estados.

O encontro é o terceiro de Bolsonaro com pastores apenas em 2022. O chefe do Executivo tem intensificado as agendas com evangélicos para demonstrar força eleitoral.

Além disso, a reunião com evangélicos desta tarde é a segunda promovida após a polêmica de suposto favorecimento de pastores na distribuição de verbas do Ministério da Educação (MEC). O caso foi revelado em março deste ano.

Encontros com evangélicos

Em 13 de abril, o chefe do Executivo recebeu pastores da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil para um café da manhã no Alvorada. No dia 8 de março, o presidente recebeu outras dezenas de lideranças evangélicas na residência oficial da Presidência.

Recentemente, o principal adversário político de Bolsonaro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tem tentado se aproximar do segmento. Em dezembro, uma pesquisa divulgada pelo Ipec apontou que o ex-presidente Lula acumulou 34% da intenção de votos entre os evangélicos. Bolsonaro registrou 33%.

No mesmo mês, pesquisa Datafolha mostrou que 43% da população evangélica consideravam o petista como o melhor presidente da história do Brasil, enquanto 19% tinham Bolsonaro como o pior chefe do Executivo.

Atos de 1º de maio

A reunião com pastores desta segunda ocorre um dia após os atos organizados no domingo (1º/5), data em que se celebra o Dia do Trabalho. Movimentos de esquerda e de direita foram às ruas para protestas contra e a favor do governo federal. Bolsonaro tem participado de atos semelhantes para mostrar força eleitoral.

Os principais atos aconteceram em São Paulo e Brasília, e tiveram a participação do presidente Jair Bolsonaro, que discursou a seus apoiadores por vídeo, e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que participou de evento organizado por centrais sindicais no centro da capital paulista.