Brasil – A Justiça Federal do Distrito Federal aceitou ação popular movida por deputados do PT contra o ex-juiz Sergio Moro. Eles afirmam que Moro causou prejuízos financeiros à Petrobras pela atuação na Lava Jato.

O juiz Charles Renaud Frazão de Morais, da 2ª Vara Federal em Brasília, foi quem aceitou a ação popular e mandou citar Sergio Moro. O ex-ministro da Justiça e ex-juiz passa responder ao processo na condição de réu.

Os deputados do PT que impetraram a ação afirmam que Moro agiu com parcialidade e interesses pessoais na condução da força-tarefa da operação Lava Jato, quando era juiz da 13ª Vara Federal, em Curitiba. Os deputados argumentam que a operação causou “efeitos deletérios – danosos – que atingiram brutalmente os trabalhadores e trabalhadoras atuantes nos ramos econômicos relacionados às atividades do sistema Petrobras e de outros segmentos que estavam atrelados às atividades mais impactadas”.

Os autores da ação afirmam que os danos ao patrimônio da Petrobras foram consequência dos processos ligados à Lava Jato. Baseados nesse argumento, eles pedem que Sergio Moro seja condenado a ressarcir os cofres públicos pelos alegados prejuízos causados ao Estado. O valor não foi estipulado.

Ao todo, 182 pessoas foram condenadas pela Lava Jato no Paraná, sendo que 17 eram executivos e ex-executivos da Petrobras, e outros quatro de empresas subsidiárias da estatal.

A Petrobras informou que R$ 6,2 bilhões foram devolvidos à companhia depois da investigação de crimes pela operação.

O ex-ministro e ex-juiz Sergio Moro se manifestou sobre a ação em uma nota. Ele disse: “A ação popular proposta por membros do PT contra mim é risível. Assim que citado, me defenderei. A decisão do juiz de citar-me não envolve qualquer juízo de valor sobre a ação. Todo mundo sabe que o que prejudica a economia é a corrupção, e não o combate a ela. A inversão de valores é completa: em 2022, o PT quer, como disse Geraldo Alckmin, não só voltar à cena do crime, mas também culpar aqueles que se opuseram aos esquemas de corrupção da era petista.”

Com informações do G1*