Brasil – O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse nesta segunda-feira (6) que o desenvolvimento do Pix teve um custo de US$ 4 milhões. O presidente participou de um evento sobre tecnologia no sistema financeiro e criptomoedas.

“As pessoas me perguntam: como o Brasil pode ter o dinheiro para fazer o Pix? Você sabe quanto o Pix custou? US$ 4 milhões. Você pode fazer coisas boas com pouco dinheiro se tiver planejamento”, disse Campos Neto.

O Pix foi lançado em novembro de 2020 e vem se popularizando desde então. Atualmente, existem 119,4 milhões de pessoas cadastradas, além de 9,2 milhões de empresas.

Março passado foi o mês com mais transações feitas pelo Pix desde o início, com 1,6 bilhão de operações realizadas. O recorde anterior havia sido em dezembro de 2021, com 1,4 bilhão.

Campos Neto afirmou que o Pix ainda está muito no início e muitas novidades ainda devem aparecer.

“O grande quadro do Pix vai demorar de dois a três anos”, disse.

Monetização de florestas e criptomoedas

Durante o painel, Campos Neto afirmou que a tecnologia por trás das criptomoedas pode avançar bastante e possibilitar novas inovações. O presidente do BC disse, por exemplo, que gostaria de ver mais conexões entre criptos e sustentabilidade.

“Há algumas ideias simples, nós falamos muito de florestas e não há um instrumento para monetizar a floresta nativa. Se você comprar um pedaço de terra e plantar árvores, você tem crédito de carbono, mas se você tem um pedaço da Amazônia e preserva, você não ganha mais nada”, disse.

O presidente do BC também contou que o Banco Central vai regulamentar as “bolsas” de criptomoedas para ter certeza que elas têm como garantir o que vende. A Câmara dos Deputados está analisando um projeto de lei que estabelece a regulamentação para o mercado de criptomoedas.

“Nós faremos com que eles tenham presença local, nós vamos pedir para olhar para a custódia e a garantia do que está sendo emitido”, disse Campos Neto.

Com informações do Exame*