BRASIL – O governo Jair Bolsonaro (PL) montou, segundo Andréia Sadi, do G1, uma ofensiva para retirar assinaturas de senadores do requerimento de instalação da CPI do MEC.

A comissão visa investigar um possível esquema de corrupção no Ministério da Educação, que seria comandado pelo ex-ministro da pasta Milton Ribeiro com a ajuda dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura. Eles receberiam propina em troca de liberação de recursos do órgão.

O requerimento, de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), tem o apoio de 28 senadores, mais que o necessário para a criação da CPI. O governo federal trabalha para retirar ao menos duas assinaturas, focando principalmente nos senadores Giordano (MDB-SP) e Eduardo Braga (MDB-AM).

Fora do país, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirma que vai aguardar o recebimento do requerimento para se pronunciar sobre a instalação da comissão. “Não vou me precipitar, vamos aguardar o requerimento”. Ele defendeu a investigação pela Polícia Federal. “Espero que os órgãos investiguem e apurem, sempre garantindo direitos constitucionais. E pode ter repercussão política: a Comissão de Educação pode se debruçar; a CPI, que vamos avaliar. Que tudo seja apurado”.