Brasil – Já praticamente fora do posto de presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, que se recursa “a ser demitido”, exigindo uma espécie de afastamento para que possa se defender, viu o mundo desabar sobre sua cabeça após dezenas de funcionárias do gigante estatal de 161 anos se reunirem e denunciarem ao Ministério Público Federal (MPF) e à imprensa os casos de assédio sexual cometidos por ele.

Os relatos caíram como uma bomba em Brasília e o governo de Jair Bolsonaro, profundamente rejeitado pelas mulheres por conta de seu caráter abertamente misógino e machista, resolveu rifar Guimarães, um dos funcionários de alto escalão da administração pública federal mais próximos do presidente da República.

No entanto, as histórias horrendas de um homem que passava a mão nas partes íntimas de bancárias na frente de todo mundo, que ia ao quarto delas em hotéis em roupas mínimas e sem cueca e que as chamava para ir à sauna e à piscina não seriam uma novidade na trajetória “profissional” de Pedro Guimarães.

O bolsonarista convicto e bajulador trabalhou em muitas instituições bancárias desde que ingressou no mercado e em 2004 ele foi demitido do Santander, o titã espanhol das finanças. As versões sobre o real motivo do desligamento divergem, mas um episódio também de assédio sexual teria ocorrido pouco tempo antes de Guimarães ser mandado embora e igualmente gerou escândalo à época.

Segundo relatos de funcionários do Santander que atuavam na empresa naquele período, em conversas com a jornalista Malu Gaspar, do diário carioca O Globo, numa festa de fim de ano dos trabalhadores do grupo bancário, Pedro Guimarães teria tentado beijar à força, na presença de várias pessoas, uma colega de trabalho que seria sua subordinada. Versões relatadas por outros meios de comunicação dizem que a mulher inclusive teria ficado com ferimentos por resistir aos abusos, embora não tenham dito de qual natureza.

Algumas fontes disseram que sua demissão pode não ter sido provocada totalmente por esse episódio de assédio, já que os resultados profissionais de Guimarães no Santander estariam sendo muito ruins, mas todos concordam que a cena pública de abuso possivelmente colaborou para que ele fosse despedido.

Via: Revista Fórum