Brasil – A auxiliar de limpeza Cátia Vedeschi decidiu deixar a igreja evangélica que frequentava após o pastor condenar o filho dela, Guilherme (23), comunicar que é gay. Cátia diz que não perdeu a fé e continua orando em casa, mas não quer mais frequentar os cultos.

“Eu era evangélica, mas como o pastor falava que meu filho tinha demônio, eu preferi sair da igreja para apoiar meu filho”, disse ela ao “Profissão Repórter” exibido ontem.

Atualmente ela faz parte do coletivo “Mães pela Diversidade“, coletivo criado em 2014 para mães de filhos LGBTQIA+ com o objetivo de dar uma rede de apoio às mulheres e conscientizar as pessoas contra o preconceito.

Já Guilherme trabalha como maquiador e ainda mora com a mãe. Ele disse que o processo de descoberta para ela foi difícil, mas que ela soube lidar bem com a situação.

“Ela falava que ia estar comigo independente de qualquer coisa. Tem muitas pessoas LGBTQIA+ que tem mães religiosas, mas as mães não querem saber. Tipo: ‘É essa a minha opinião, eu não vou te respeitar, eu não vou te aceitar e acabou’. Estou feliz de poder falar que tenho uma família que me respeita”, declarou, acrescentando que a decisão dela de sair da igreja foi exclusivamente dela.

Cátia também chegou a acompanhar o Guilherme na Parada LGBT de São Paulo, ocorrida no último dia 19 de junho, na Avenida Paulista. “A primeira que a gente foi ele tinha 18 anos, quando ele pediu para ir, de presente de aniversário”, contou ela.

Via: UOL