Brasil – Na noite da sexta-feira passada (5), um funcionário da rede OBom Atacadão, em Guaratiba, na Zona Oeste do Rio, foi preso por se masturbar olhando para uma criança de 2 anos. Boris Joshua Paz Aragon, de 41 anos, boliviano, estava debaixo de uma bancada de frutas do estabelecimento quando foi flagrado pela mãe da menina, que filmou o ato dele fazendo movimentos com a genitália para fora da calça. Ao ser visto, ele tentou fugir, mas foi detido pela equipe do mercado. O funcionário foi solto em audiência de custódia e responderá em liberdade.

A mãe da criança estava fazendo compras no mercado com a sua filha enquanto seu marido esperava no carro. “Eu vi que minha filha estava olhando para debaixo de uma bancada e quando eu olhei o que estava chamando a atenção dela, vi que tinha um funcionário lá se masturbando”, disse. “Comecei a filmar, quando vi por cima da câmera, ele estava com pênis totalmente para fora olhando para minha filha e minha filha estava olhando para ele”, completou. O funcionário, quando percebeu que estava sendo filmado, saiu correndo em direção ao estoque para se esconder.

De acordo com a mãe, uma moça que estava atrás dela, esperando para passar as compras, chamou o gerente. “Ele veio e perguntou se eu tinha certeza que era um funcionário e eu respondi que sim, o rapaz estava com o uniforme da empresa e saiu correndo para o estoque. Foi aí que ele chamou no rádio o nome do funcionário para que ele não saísse do mercado”, contou. Boris Joshua tentou fugir e já estava no estacionamento do mercado quando os funcionários do mercado o pegaram para esperar pela polícia. “Ele saiu para a delegacia na viatura. Lá ele também tentou fugir, mas eu falei para ele que ele precisa pagar pelo que fez”, concluiu. “Eu não fiz escândalo, estava revoltada, me tremendo, desesperada. As pessoas do mercado perceberam isso. Hoje, não estou dormindo direito, tenho crise de ansiedade e meu coração dispara toda hora”, finalizou.

A mãe contou que está sofrendo com consequências psicológicas após o acontecimento. “Eu queria que as pessoas ouvissem meu caso porque o cara está solto. O juiz liberou ele, falou que pode responder em liberdade. Eu tenho prova do que ele fez, levei pen-drive com vídeo, ficou tudo com a polícia. Ele estava em horário de trabalho e uniformizado”, finalizou.

O Bom Atacadão se pronunciou, por meio de nota, dizendo que não pagou fiança para que Boris Joshua fosse solto, tampouco contratou um advogado para ajudá-lo. A rede ainda informou que o funcionário estava trabalhando há menos de um mês no mercado e foi demitido.

Segundo o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), em audiência de custódia foi concedida liberdade provisória ao indiciado mediante o cumprimento de medidas cautelares.

Fonte: O DIA