Brasil – O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, enviou, neste sábado (20/8), uma petição ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em que comunica a criação de perfis nas redes sociais voltados para o público evangélico.

Os canais já estão disponíveis na página do presidenciável no sistema DivulgaCand, que contém dados sobre candidaturas às eleições deste ano. A lista inclui 12 perfis, criados em redes sociais como Twitter, Facebook, Instagram, Telegram, TikTok e Kwai.

Em um dos endereços, consta a informação de que a página foi registrada em agosto de 2022. A ausência de publicações e o número baixo de seguidores é um indício de que os canais foram abertos recentemente.

Lula afirmou, nessa sexta-feira (19/8), que não tem o objetivo de promover uma “guerra santa” por votos. Na quinta-feira (18), o Datafolha divulgou pesquisa de intenção de voto que aponta vantagem do presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), sobre Lula no eleitorado evangélico.

De acordo com o levantamento, que ouviu eleitores entre terça (16/8) e quinta-feira (18/8), o atual chefe do Executivo federal tem 49% da preferência no segmento, contra 32% do petista.

Em comparação com a última sondagem do instituto, a diferença cresceu 7 pontos percentuais e chegou a 17. Essa é a maior distância entre os patamares dos dois candidatos, com base nesse recorte e levando em consideração as últimas pesquisas. Em maio, eram 3 pontos; em junho, 5 pontos; e em julho, 10.

A assessoria do candidato informou que o pedido junto ao TSE é “padrão”. Sobre os perfis ligados à religião, a campanha afirma que respondeu a uma manifestação do segmento.

“Alguns setores evangélicos — tanto dos partidos da coligação quanto de fora dele — nos contataram com interesse em atuar junto a comunidades evangélicas na campanha, e para isso ser possível registramos esses sites e perfis no TSE”.

“Guerra santa”

Na sexta-feira (19/8), Lula declarou que não pautará sua campanha em temas religiosos.

“Não é a primeira campanha que eu disputo. Nunca utilizei religião na minha campanha. Quando o ser humano vai à igreja, ele vai tratar da sua fé e da sua espiritualidade, não vai para discutir política. Não participarei disso”, disse o petista ao ser questionado sobre o uso da religião e a disputa pelo voto evangélico na corrida presidencial.

Fonte: Metrópoles