O ministro Alexandre de Moraes determinou, nesta segunda-feira (7), que as Polícias Civis, as Militares, a Polícia Federal e a PRF (Polícia Rodoviária Federal) informem em 48 horas ao STF (Supremo Tribunal Federal) a identificação de todos os veículos e caminhões que participaram tanto dos bloqueios nas rodovias como nas manifestações em frente aos quartéis das Forças Armadas.

Os atos antidemocráticos questionam a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição presidencial do último dia 30 sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e defendem intervenção militar.

‘Determino às Polícias Civis e Militares dos estados e Distrito Federal, bem como à Polícia Federal e à Polícia Rodoviária Federal, o envio de todas as informações sobre a identificação dos caminhões e veículos que participaram ativamente dos bloqueios e nas manifestações em frente aos quartéis das Forças Armadas, assim como os dados dos respectivos proprietários, pessoas físicas ou jurídicas’, afirma o ministro em seu despacho.

‘Determino, ainda, informem se identificaram líderes, organizadores e/ou financiadores dos referidos atos antidemocráticos, com a remessa dos dados e providências realizadas.’

Apoiadores bolsonaristas incluindo caminhoneiros, iniciaram ainda na madrugada da última segunda-feira (31) bloqueios em estradas pelo país, eles também se reuniram em frente a quartéis do Exército para protestar contra o resultado da votação.

Com bandeiras a favor de ‘intervenção federal’, os golpistas têm evitado usar o termo ‘intervenção militar’, o nome do presidente, o slogan da campanha fracassada à reeleição e o número do partido de Bolsonaro nas urnas.

Manifestantes que exercem cargos públicos e se manifestam contra o Estado também podem responder a processos administrativos e sofrer punições específicas, a depender da carreira.

Os atos têm o incentivo de Bolsonaro. No pronunciamento da última terça-feira (1º), ele criticou o processo eleitoral e disse que ‘manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas’. Ele apenas criticou os métodos usados por seus apoiadores no bloqueio de estradas pelo país.

Com informações FOLHA