Nesta terça-feira (15) duas pessoas, que não tiveram os nomes revelados, morreram após mísseis russos atingirem a região de Przewodów, na Polônia, que fica próxima à fronteira com a Ucrânia. A informação foi confirmada pelo corpo de bombeiros local.

Veículos de imprensa poloneses informam que os mísseis caíram em uma fazenda. O governo do país acredita que a Rússia errou o alvo. Após o incidente, o primeiro-ministro e o presidente da Polônia convocaram uma reunião de emergência do conselho de segurança do país e ainda não se posicionaram oficialmente.

Um alto funcionário da inteligência dos Estados Unidos, que não teve o nome divulgado, revelou à agência Associated Press que a explosão foi causada por mísseis russos. Apesar disso, o Pentágono afirma que não pode confirmar a informação.

A Polônia é um país membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), organização militar integrada pelos Estados Unidos. Apesar da tensão internacional após o ataque, tanto a Otan quanto a Rússia ainda não se manifestaram sobre o incidente.

RÚSSIA x UCRÂNIA – A Rússia voltou a atacar Kiev, capital da Ucrânia, e outras grandes cidades nesta terça-feira (15), no mesmo dia em que líderes do G20 pediram em conjunto que os bombardeios fossem interrompidos.

O ataque massivo ao país acontece uma semana após a Rússia recuar e retirar tropas de Kherson, cidade-chave na Ucrânia.

A ORGANIZAÇÃO DO TRATADO DO ATLÂNTICO NORTE – A organização do tratado do atlântico norte – Fundada em 1949, a organização atua como uma aliança de segurança coletiva com o objetivo de proporcionar defesa mútua por meios militares e políticos, se um de seus membros for ameaçado por um Estado externo. Esse marco está estabelecido no Artigo 5º da carta, que foi evocado uma vez, pelos Estados Unidos, após os ataques de 11 de setembro de 2001:

‘As partes concordam que um ataque armado contra uma ou mais delas na Europa ou na América do Norte será considerado um ataque contra todas elas e, consequentemente, concordam que, se ocorrer tal ataque armado, cada uma delas, no exercício do direito de legítima defesa individual ou coletiva reconhecida pelo Artigo 51 da Carta das Nações Unidas, ajudará a parte ou as partes atacadas, tomando imediatamente, individualmente e em conjunto com as outras partes, as medidas que julgar necessárias, inclusive o uso de força armada, para restaurar e manter a segurança da região do Atlântico Norte.’