Manaus – Os 12 policiais militares da ROCAM (Ronda Ostensiva Cândido Mariano), acusados de envolvimento na chacina que matou quatro pessoas em um ramal na rodovia AM-010, tiveram a prisão temporária mantida após passarem pela audiência de custódia, mas com uma ressalva, eles foram transferidos de uma Batalhão da Polícia Militar para o Batalhão da ROCAM, no bairro Dom Pedro, zona Centro-Oeste da capital.

A decisão de transferência dos envolvidos para o Batalhão da ROCAM foi ordenada pelo juiz de Direito plantonista das Audiências de Custódia do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), André Luiz Muquy, na tarde do último domingo (25).

Em nota, o TJ-AM (Tribunal de Justiça do Amazonas) informou que a transferência ocorreu após os policiais da ROCAM terem afirmado que sofreram diversas ameaças de outros detentos presos onde estavam. A nota também afirma que o processo ocorre sob “segredo de justiça”.

O advogado dos policiais acusados de realizaram a chacina, Leonardo Marques, informou em entrevista que o pedido de transferência ocorreu devido aos seus clientes estarem em condições desumanas que os suspeitos teriam passado na noite do último sábado (24).

A audiência foi para analisar se houve algum abuso de autoridade vindo por parte dos policiais civis. Infelizmente, ontem eles (suspeitos) sofreram muito, com condição desumana e abusos, não dos policiais civis, mas do núcleo prisional que fica no Monte das Oliveiras, onde eles foram levados. O Ministério Público tomou conhecimento, através de nós, da situação degradante pela qual começaram a passar. Agora, vai ser instalado um procedimento para averiguar toda a falta de estrutura”, disse o advogado.

Ainda conforme o advogado, alguns dos policiais presos ficaram em um ‘quadrado’, sem acesso a banheiro, janela e sem conseguir fazer suas necessidades, além de terem sidos intimados por outros presos.