Saúde – A subvariante da Ômicron XBB.1.5 está causando preocupação entre os cientistas por sua rápida disseminação na Europa e nos Estados Unidos em dezembro.

Aqui está o que se sabe até agora dela:

O que é a subvariante XBB.1.5 e como ela se comporta?

A epidemiologista sênior da OMS (Organização Mundial da Saúde) Maria Van Kerkhove disse que o XBB.1.5 é a subvariante Ômicron mais transmissível que foi detectada até agora. Ela se espalha rapidamente por causa das mutações que contém, que permitem que o vírus se junte às células e se replique facilmente.

“Nossa preocupação é quão transmissível é”, disse Van Kerkhove em entrevista coletiva na quarta-feira (4).

Quão perigosa é a XBB.1.5?

A OMS disse que ainda não possui dados da gravidade nem um quadro clínico de seu impacto. A pasta afirma que não viu nenhuma indicação de que sua gravidade havia mudado, mas que o aumento da transmissibilidade é sempre uma preocupação.

“Esperamos novas ondas de infecção em todo o mundo, mas isso não precisa se traduzir em mais ondas de mortes, porque nossas contramedidas continuam funcionando”, disse Van Kerkhove, ao se referir a vacinas e tratamentos.

Ela disse que a OMS não pode atribuir atualmente o aumento no número de hospitalizações no nordeste dos Estados Unidos à variante, uma vez que muitos outros vírus respiratórios também estão em circulação.

Os virologistas concordam que o surgimento da subvariante não significa que haja uma nova crise na pandemia. Novas variantes são esperadas à medida que o vírus continue a se espalhar.

É provável que o XBB.1.5 se dissemine globalmente, mas ainda não está claro se causará a própria onda de infecções em todo o mundo. As vacinas atuais continuam protegendo contra sintomas graves, hospitalização e morte, dizem os especialistas.

“Não há razão para pensar que a XBB.1.5 seja mais preocupante do que outras variantes que vêm e vão no cenário em constante mudança da Covid”, disse o professor Andrew Pollard, diretor do Oxford Vaccine Group.

O que e quem está fazendo algo sobre isso?

O Grupo Consultivo Técnico sobre Evolução do Vírus da OMS está fazendo uma avaliação de risco da subvariante. Van Kerkhove disse, na quarta-feira (4), que espera publicar isso nos próximos dias.

A OMS afirmou que está monitorando de perto quaisquer possíveis mudanças na gravidade da subvariante com a ajuda de estudos de laboratório e dados do mundo real.