Brasil – Uma prática que vem sendo disseminada nas redes sociais oferece riscos seríssimos a quem encara o chamado “desafio do desodorante”. Esra Hayne, de apenas 13 anos, foi uma das vítimas. Ela morreu, após sofrer uma parada cardíaca.

A “competição” consiste em quem consegue inalar gás de desodorante aerossol pelo maior tempo. Isso provocou a morte da adolescente em Melbourne, Austrália. Ela ainda foi encaminhada para o hospital, ficou mais de uma semana internada, mas não resistiu.

“Seus pulmões e seu coração estavam fortes, mas seu cérebro simplesmente não se recuperou. Mamãe teve de nos ligar e dizer ‘Esra está inconsciente, você precisa vir agora. Ela perdeu o pulso e vai falecer’”, relatou Imogen, um dos três irmãos da menina, em entrevista a um jornal local.

Paul e Andrea Hayne, pais de Esra, procuram alertar para os riscos de inalar gases de produtos, a exemplo de desodorantes ou latas de tinta. “Queremos ajudar outras crianças a não cair na armadilha de fazer uma coisa boba dessas que pode destruir vidas”, disse Paul. “É inquestionável que esta será a nossa cruzada. Não é algo que ela teria feito sozinha, se não tivesse visto online”, desabafou, em entrevista ao portal australiano Herald Sun.

Nos últimos anos, ocorreu um aumento significativo de mortes associadas à inalação de produtos tóxicos na Austrália, incluindo a de uma adolescente de 16 anos encontrada morta em seu quarto, com uma lata de spray de desodorante e um pano ao lado dela. A consequência foi que supermercados foram proibidos de vender este tipo de produto a crianças.

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Prática pode provocar dependência, lesões no pulmão e parada cardíaca
O perigo para a saúde é imenso, pois o desodorante aerossol é feito com substâncias químicas, tais como éter, álcool, gases e alumínio. A prática frequente pode, inclusive, levar à dependência e provocar uma lesão direta dos pulmões.

A inalação do aerossol pode causar, também, parada cardíaca por asfixia, como ocorreu com a menina australiana.

Fonte: Revista Fórum