Brasil – A Petrobras informou nesta sexta-feira (28) que reduzirá a partir de sábado o preço médio de venda de diesel para as distribuidoras em R$ 0,38.

O objetivo é adequar sua cotação a variáveis como câmbio e valor do petróleo, além de questões de competitividade com o produto importado.

O preço médio na refinaria cairá de R$ 3,84 para R$ 3,46 por litro. Ou seja, uma redução de 9,9% por litro, segundo comunicado da empresa.

“A redução do preço da Petrobras tem como objetivos principais a manutenção da competitividade dos preços da companhia frente às principais alternativas de suprimento dos seus clientes e a participação de mercado necessária para a otimização dos ativos de refino”, disse a estatal.

A companhia também afirmou que “na formação de seus preços busca evitar o repasse da volatilidade conjuntural do mercado internacional e da taxa de câmbio, ao passo que preserva um ambiente competitivo salutar nos termos da legislação vigente”.

Transporte de carga

O diesel é muito utilizado por caminhões, que são responsáveis pela maior parte do transporte de carga no Brasil. Segundo a CNT (Confederação Nacional do Transporte), 61,1% desse tipo de deslocamento é feito por rodovias.

Portanto, uma redução no preço do combustível nas refinarias pode baixar o preço dos produtos que são transportados por caminhoneiros. Porém, não significa que necessariamente vai acontecer, nem que a inflação vai desacelerar.

Isso porque essa diminuição de custo pode não ser repassada ao longo da cadeia de produção. Em outras palavras, os donos de postos de combustíveis ou as empresas que pagam os fretes podem embolsar totalmente ou parte desses R$ 0,38 por litro.

Mudanças na Petrobras

Desde que Jean Paul Prates assumiu a presidência da Petrobras, houve mudanças na empresa. Quando senador, ele criticava a atual política de preços da estatal, que acompanha os valores do mercado de petróleo internacional.

Para o petista, essa ferramenta era a principal responsável pelos elevados reajustes nos combustíveis ao longo dos últimos anos. Porém, não há previsão de mudança formal na atual política de preços da estatal.

Fonte: R7