BRASIL – A Polícia Federal (PF) abriu dois procedimentos internos contra Anderson Torres, ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, preso desde janeiro após os atos de terrorismo na capital federal.

Um dos processos se refere à possibilidade de interrupção do pagamento da remuneração recebida por Torres por ser agente federal. A tendência, segundo fontes da Polícia Federal, é de que o valor mensal de cerca de R$ 30 mil seja cortado nos próximos dias.

O segundo procedimento, de esfera administrativa, é referente à sua permanência no posto de agente federal, podendo levar à sua demissão.

Nesta segunda-feira (8), está previsto depoimento de Torres à Polícia Federal sobre eventual interferência da Polícia Rodoviária Federal no segundo turno das eleições presidenciais de 2022. Na ocasião, agentes da PRF fizeram operações em estradas do Nordeste que dificultaram a chegada de eleitores aos locais de votação.

No sábado (6), o senador Jorge Seif (PL-SC) comentou, em uma live nas suas redes sociais, o estado emocional do ex-ministro após visitá-lo no 4º Batalhão de Polícia Militar, com outros quatro senadores. Seif afirmou que Torres está magro, barbudo e abatido. “O cara está na lama, detonado”, disse o senador.