AMAZONAS – A Polícia Federal, Ministério Público Federal e a Receita Federal deflagraram na manhã desta terça-feira (20) a Operação Entulho, que tem como alvo empresários que atuam na coleta de lixo e limpeza pública de Manaus.

13 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em residências dos investigados e nas empresas suspeitas.

O objetivo da operação é obter provas relativas às transações fraudulentas pelas empresas. Agentes dos órgãos investigam a sonegação de impostos, lavagem de dinheiro e o uso de notas fiscais “frias”.

De acordo com as investigações, mais de R$ 245 milhões de reais estão foram negociados de forma ilegal. Além disso, a operação apura indícios da formação de uma organização criminosa e falsidade ideológica.

As investigações tiveram início há três anos, quando foram detectados indícios de que empresas que atuam no ramo de coleta de lixo e limpeza pública comercializaram com empresas de fachadas, consistindo na contabilização de despesas, produzidas a partir de notas fiscais de mercadorias e notas fiscais de serviços “frias”.

Só a Operação Entulho identificou a participação de 31 empresas de fachada e escritórios de contabilidade no esquema, além dos respectivos sócios destas.

Entre 2016 e 2021, essas empresas emitiram R$ 245 milhões em notas fiscais frias, com sonegação tributária em mais de R$ 100 milhões.

Um dos alvos da Polícia Federal são os donos da empresa Tumpex, que receberam na gestão do ex-prefeito de Manaus Arthur Neto, um novo contrato milionário para a coleta de dejetos na capital.

Os agentes da PF cumprem mandado no condomínio de luxo Riviera, localizado no bairro da Ponta Negra, zona Oeste de Manaus, onde residem os empresários donos da Tumpex.