BRASIL – O governador Wilson Lima (União Brasil) participou nesta quarta-feira (5) de uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a bancada amazonense no Congresso Nacional.

A reunião teve como propósito a defesa do modelo econômico Zona Franca de Manaus em meio às discussões da reforma tributária.

Lima e a bancada apresentaram propostas ao ministro, que prometeu a apresentação de uma redação “alternativa ou conciliatória” em prol da ZFM. “Recebemos, vamos nos debruçar sobre as propostas [do Amazonas], eventualmente oferecer uma redação alternativa ou conciliatória, sempre no desejo de construir a segurança necessária para que a região saiba que, da parte do governo federal, ela tem um futuro promissor”, afirmou Haddad.

O governador disse apoiar a reforma, mas pediu a criação de um fundo específico para compensar as perdas do Amazonas. “Viemos apresentar aqui algumas propostas, como, por exemplo, a questão do fundo que possa fazer essa compensação para o estado possa continuar fazendo os seus investimentos em áreas essenciais, como saúde, educação e social”, disse.

Segundo o senador Eduardo Braga (MDB-AM), que também participou do encontro, o governo apresentou dois artigos, com a manutenção da Zona Franca até 2073 e a criação de o fundo de compensação das perdas com arrecadação. Sem detalhar o tamanho do fundo, Braga disse apenas que os recursos viriam da arrecadação de impostos federais no estado.

De acordo com o senador, a arrecadação de tributos federais no Amazonas em 2022 foi de R$ 20 bilhões, dos quais R$ 15 bilhões foram repassados para o governo federal. “É importante destacar que os Amazonas é o estado que mais perderá na reforma tributária. Portanto, não podemos ser tratados como os outros estados”, frisou o senador.

“Não abrimos mão”

Após a reunião, Fernando Haddad, Wilson Lima, senadores e deputados federais do Amazonas participaram de uma coletiva de imprensa para falar sobre o encontro.

Em sua fala, Wilson Lima foi efusivo em defender a Zona Franca de Manaus e disse que perder o modelo é “tacar fogo na floresta”.

“A Zona Franca de Manaus é o modelo mais exitoso de desenvolvimento social, econômico em proteção ambiental. Não é a toa que o estado do Amazonas é o mais preservado do planeta. Se o modelo Zona Franca começa a enfraquecer, é o início da queimada da floresta. Perder a Zona Franca de Manaus é começar a tacar fogo na floresta, por isso nós não abrimos mão desse modelo”, disse o governador do Amazonas.

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