Brasil – O senador Plínio Valério (PSDB-AM) encaminhou um requerimento à Polícia Federal para que o órgão apure a autenticidade do vídeo em que o ministro Luís Roberto Barroso, o Supremo Tribunal Federal (STF), aparece dizendo que ajudou a “derrotar o bolsonarismo”.

Na ocasião, o magistrado estava num evento da União Nacional dos Estudantes (UNE). Para o senador, a declaração de Barroso é grave e merece ser avaliada para eventuais punições.

Nas imagens gravadas durante o evento, Barroso aparece ao lado do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. É este último que comanda a Polícia Federal.

O vídeo mostra que Barroso é vaiado por profissionais da enfermagem. Em seguida, o ministro diz que “essa é a democracia que conquistamos. Derrotamos a censura, derrotamos a tortura, derrotamos o bolsonarismo”.

O senador recorda também que, segundo o artigo 39 da Lei do Impeachment, “exercer atividade político-partidária” é um dos crimes de responsabilidade passível da aplicação da pena contra membros do STF.

Declaração de Barroso tem repercussão negativa no STF

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, alguns ministros lamentaram a postura de Barroso. Os colegas afirmam que tal declaração prejudica a imagem da Corte.

“Inoportunas” e “ativismo judicial”, por exemplo, foram alguns dos termos usados pelos integrantes do STF. Apesar disso, os membros do Supremo teriam selado um pacto: não criticar de forma pública a declaração de Barroso.

Os ministros STF fizeram as declarações sob a condição de anonimato. A publicação apenas ressaltou que Cristiano Zanin, ex-advogado pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e recém-nomeado para ocupar cadeira na Corte, manteve o silêncio acerca da declaração de Barroso.

Via: Revista Oeste