Brasil – A Jovem Pan, que foi a emissora queridinha do governo Bolsonaro e, por conta disso, recebeu imensa fatia publicitária, agora vive situação completamente oposta com o governo Lula, que deixou de veicular ações publicitárias no grupo em questão. As informações são da Folha de S. Paulo.

Durante o governo Bolsonaro (2019-2022), a Jovem Pan firmou contratos que chegaram no valor de R$18,8 milhões, segundo informações públicas da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República.

Dessa maneira, a verba recebida pela Jovem Pan durante a gestão Bolsonaro a colocou no 12º lugar entre as empresas com mais verbas de publicidade federal.

Agora, sob o governo Lula (PT), a Jovem Pan vive situação completamente oposta e possui um único registro no sistema de divulgação de verbas federais em 2023, que é de apenas R$ 2.413 para uma rádio afiliada de Manaus, para a veiculação de uma campanha de combate à tuberculose.

A Secom declarou à Folha que se pauta por estudos técnicos apresentados pelas agências de publicidade que levam em conta os seguintes fatores: audiência, segmento, cobertura, etc.

O presidente da Jovem Pan, Roberto Alves de Araújo, declarou à Folha que “causa estranheza” a emissora ser ignorada e que isso revela “escolha política de um veículo em detrimento de outro” e que isso “denota o completo abandono da boa administração pública em nome de ideologias”.

A Jovem Pan se notabilizou nos últimos anos após se aproximar editorialmente do bolsonarismo e de dar espaço para negacionistas e golpistas. Após uma campanha de boicote publicitário, a emissora demitiu colunistas e jornalistas vinculados à militância de extrema direita.

Fonte: Revista Fórum