Brasil – Uma jovem de 22 anos foi estuprada em Belo Horizonte na noite deste domingo (30), após ser deixada desacordada na porta de sua casa por um motorista de um carro por aplicativo. O motorista, que tentou interfonar para a casa da moça, deixou o local. Logo a seguir, o suspeito do estupro carregou a moça. A cena foi gravada por imagens de uma câmera de segurança.

A jovem havia saído de um show do cantor Thiaguinho, no Mineirão. Um amigo chamou o carro de aplicativo e compartilhou a corrida com o irmão dela, por ela estar embriagada. O motorista que levou a vítima para casa interfonou às 3h14, na porta do prédio dela algumas vezes. Ela ficou sentada na calçada, apoiada em um poste. Às 3h16, a vítima é vista caída no chão.

O crime

Cerca de 6 minutos depois do motorista de aplicativo deixar o local, outro homem aparece. Conforme as imagens, ele mexeu nas coisas da vítima e, às 3h22, a pegou no colo e a levou do local.

Ele carrega a mulher pelo ombro por alguns quarteirões do bairro Santo André. Cerca de 15 minutos depois, por volta das 3h36, imagens de outros pontos do bairro flagraram o homem ainda carregando a moça pelo ombro. Às 7h08, o suspeito sai sozinho de um campo de futebol da região.

A vítima foi encontrada na manhã de domingo (30), por moradores da região, em um campo de futebol no bairro, seminua, suja, coberta por um pano. Ela estava foi acordada por socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

A moça recebeu atendimento no Hospital Odilon Behrens, onde recebeu contra doenças sexualmente transmissíveis após os exames confirmarem o estupro.

A garota disse à polícia que só se lembrava de estar voltando do show.

Suspeito preso

A polícia prendeu o suspeito no bairro Aparecida, na mesma região onde o crime ocorreu. A identificação foi possível graças às imagens das câmeras de segurança. À polícia, ele confirmou que carregou a jovem até o campo, mas negou que a tenha violentado.

Os familiares acusaram o motorista do aplicativo “99” de abandono de capaz e criticaram a atuação do Samu, que, na visão deles, “não quis prestar socorro”.

“A partir do momento que ele [o motorista] colocou ela dentro do carro, independente se ela era ou não maior de idade, ela estava desacordada e ele tinha que ter dado a ela o direito de ir para um hospital ou chamar a polícia. [O Samu] imaginou que fosse uma usuária de drogas, o que eu acho que não diminui a humanidade de levar pro hospital. Achou que ela fosse andarilha da região e não quis prestar socorro”, disse uma familiar.

Via: Revista Fórum