Familiares da jovem Débora da Silva Alves, 18, que estava grávida de 8 meses e foi assassinada em Manaus, acreditam que o filho da vítima foi retirado com vida de sua barriga antes do crime.

“Eu quero que encontre o bebê, ou o que sobrou dele, pra gente poder enterrar ele também. Mas eu tenho certeza que meu neto está vivo. Eu creio nisso”, disse Paula Christina Silva Souza, mãe da jovem que foi sepultada neste sábado (5), no Cemitério Tarumã, em Manaus.

A Polícia Civil procura pelo vigilante Gil Romero Machado Batista, pai do filho de Débora e suspeito de arquitetar o feminicidio por não aceitar a gestação.

“Eu peço que encontrem esse homem, para ele falar onde ele botou o bebê”, declarou Paula.

“Meu primeiro netinho, esse monstro tirou. Eu peço que achem meu neto Arthur”, completou.

O corpo da vítima foi encontrado carbonizado, em avançado estado de decomposição, dentro de um camburão, na última quinta-feira (3) em uma área de mata localizada próximo ao Parque Mauá, no bairro Mauzinho, na zona leste de Manaus.

De acordo com a delegada Débora Barreiros, adjunta da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), os dois tiveram um caso extraconjugal, pois o homem era casado, e a jovem acabou engravidando. Contudo, Romero não aceitou a gestação e chegou dar remédio para Débora abortar, mas o medicamento não funcionou e a vítima decidiu levar a gestação até o final mas os dois romperam ele arquitetou o crime.

Segundo a delegada, o homem atraiu a jovem para uma emboscada no dia do crime. “Romero vai ao encontro de Débora tentando fazer as pazes porque há cerca de um mês ele tinha tentado contra a vida dela. Diz para ela que ele era casado, mas que estava disposto a ajudar com as despesas da criança (…) Ela cai na história, vai para o carro com ele e é levada para a usina”, disse.

“A vítima se encontrou com uma pessoa e informou para essa pessoa que estava aguardando o pai da sua filha para receber o dinheiro de um berço, após isso, ela não foi mais vista, após o trabalho de investigação, confirmamos que Romero, o pai da criança, tinha envolvimento no crime”, contou o delegado Ricardo Cunha, titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).

Ainda segundo a polícia, após matar a vítima, Romero contou com a ajuda de José Nilson Azevedo da Silva, conhecido como ‘Nego’, que já está preso, para se livrar do corpo.

Com informações AM POST