Manaus – Segundo o delegado Ricardo Cunha, responsável pela investigação do Caso Débora, a esposa de Gil Romero Machado Batista, Ana Julia Ribeiro, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça, após suspeita de envolvimento na fuga do marido após cometer o crime de assassinato da jovem Débora da Silva Alves, 18 anos, que estava grávida de oito meses.

O delegado titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), afirmou que a esposa de Gil Romero, Ana Julia Ribeiro, segue foragida da polícia, por não colaborar com as investigações.

A prisão de Gil Romero foi efetuada pela equipe da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) e policiais civis da PC-PA, no município de Curuá, região oeste do Pará.

A delegada Débora Barreiros, adjunta da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), declarou que Gil Romero teria afirmado ter pago 500 reais, para dar um “corretivo” em Débora.

No depoimento, Gil afirmou que José Nilson estava acompanhado de outra pessoa, ainda não identificada pela polícia, e ambos ficaram escondidos e sozinhos durante 3 horas com a jovem, após a chegada do inspetor do galpão.

“Ele (Gil Romero) conta que esse inspetor ficou na usina fazendo uma ronda junto a ele e aos outros vigilantes por cerca de três horas e quando ele retornou ao galpão essa jovem já estaria morta e essa morte seria acontecido sob José Nilson e esse terceiro elemento. Naquele momento se desesperou, mas disse pra que eles dessem um jeito naquela situação, porque segundo Gil, a ordem pro José Nilson, Neguinho, era que eles dessem um corretivo na jovem, para assim ela parasse de dizer que estava com ele, porque ele era um homem casado. Gil Romero disse ainda que pagou por esse corretivo a quantia de quinhentos reais”, afirmou a delegada.

Relembre o Caso:

Débora desapareceu no dia 29 de julho, pois iria encontrar com Gil Romero, pai de seu filho Arthur. Segundo familiares, o pai da criança convidou a jovem para entrar no veículo em que estava, com a justificativa que iria ajudar com o enxoval do bebê.

A jovem foi assassinada asfixiada e teve o corpo queimado dentro de um camburão abandonado nas imediações de uma usina abandonada no Jardim Mauá, na Zona Leste de Manaus e teve seu corpo encontrado no dia 03 de agosto.

O principal suspeito do crime é o pai do filho que ela estava esperando, Gil Romero. Um suspeito de ter participado da morte, identificado como José Nilson Bezerra, foi preso na última quinta-feira (3), em um bar que é de propriedade de Gil Romero, localizado na Zona Leste de Manaus.

A Polícia Civil conta que José confessou ter participado da morte de Débora. Ele contou que foi coagido por Gil para esconder o corpo da jovem.

Após ouvir o primeiro depoimento de Gil Romero Batista, o delegado Victor Cohen da Polícia Civil do Pará relatou que torce para que o bebê da vítima esteja vivo, porém não acredita nessa possibilidade.

Durante uma coletiva de imprensa no Pará, nesta quarta-feira (9), o delegado informou que Gil Romero confessou ter matado a jovem e revelou que teve ajuda de outras duas pessoas.

O delegado acrescentou que Gil confirmou a participação de mais duas pessoas no crime, mas que os nomes dos suspeitos não serão revelados.