Manaus – Preso pela morte de Débora da Silva Alves, de 18 anos, grávida de 8 meses, Gil Romero Machado Batista, 41 anos, confessou em depoimento que tirou o bebê da barriga da vítima com uma faca de pão e jogou o corpo da criança no rio Negro, segundo a delegada adjunta Deborah Barreiros, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros do Amazonas. VEJA O DEPOIMENTO DELE AQUI!!!
“Em depoimento, Gil Romero disse ter pensado que se o corpo daquela criança fosse encontrado e submetido a exame de DNA, ele seria imediatamente o principal suspeito do crime. Então, ele disse que se desesperou, pegou uma faca de pão, abriu a barriga da vítima, extraiu o bebê que já estava morto, pegou um saco, encheu de ferro, entulho e se dirigiu ao porto da Ceasa”, relatou a delegada em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (10).
O corpo de Débora Alves foi encontrado queimado e enterrado no dia 3 de agosto, seis dias após o crime, que ocorreu no dia 29 de julho. O cadáver estava em área de mata no Mauazinho, zona sul de Manaus.
Deborah Barreiros disse que Gil Romero pegou uma pequena embarcação, se distanciou da margem do rio e arremessou o saco. Devido ao peso dos ferros, o saco afundou rapidamente.
“No interrogatório, Gil disse que pegou um catraieiro, atravessou o rio e jogou o saco com o bebê dentro. O catraieiro chegou a perguntar de Gil o que havia dentro do saco, o suspeito afirmou que era resto de obra. No fim da ação, ele pagou o catraieiro e voltou para Manaus”, narrou a delegada.
Deborah Barreiros disse que em razão da dificuldade de apontar o local exato em que o bebê foi arremessado, é praticamente impossível encontrar o corpo da criança.
O delegado Ricardo Cunha afirmou que a esposa de Gil, Ana Júlia Azevedo Ribeiro, presa na manhã desta quinta-feira (10) ao se apresentar à delegacia, não tem participação no crime. “Analisando o depoimento dela inicial, observamos ali que ela está totalmente fora de tudo aquilo que nós estamos investigando”, disse.
A Polícia Civil pediu a prisão de Ana Júlia a partir do depoimento inicial dela. Segundo o delegado, Ana Júlia havia mentido em depoimento.
